A palavra é composta de dois radicais gregos (nekrós =
morto; opsis = exame, vista).
Pela formação grega da palavra, a pronúncia deve ser com
acentuação tônica no /i/ da penúltima sílaba “NECROPSIA”.
Segundo o Dicionário Houaiss, sua aparição na Língua Portuguesa deu-se por
volta de 1858, como empréstimo linguístico do Francês.
De lá para cá, porém, o uso tem dado preferência à
acentuação na antepenúltima sílaba “NECRÓPSIA”. Essa alteração da posição tônica pode
ter ocorrido em razão de o sufixo “IA” ser átono em Latim e tônico em Grego.
Portanto, quando se diz “NECROPSIA”, está-se obedecendo á prosódia grega e
quando se diz “NECRÓPSIA”, dá-se preferência à prosódia latina. O
mesmo acontece com o par “autópsia / autopsia”.
Manda a prosódia, por conseguinte, que a pronúncia
correta seja “NECROPSIA”, aceitando-se “NECRÓPSIA" por uma questão
de uso continuado por parte dos falantes.
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