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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

PARALISIA / PARALISAR - VISSE / REVISSE


Em tempos de guerra pela escrita correta das palavras, os jornais brasileiros produziram grande estardalhaço com o texto do Ministro da Educação, no qual se encontra a palavra “PARALISAR” escrita com a letra [Z]. Parece que o Ministro, ou sua secretaria, se esqueceu de que a palavra derivada SEGUE A GRAFIA DA PALAVRA QUE LHE DEU ORIGEM.

Paralisar vem de paralisia, com [S]“ e deve ser grafado com essa letra representando o fonema /Z/.

No entanto, a Folha de São Paulo, hoje, comete equívoco parecido, no texto “Em março deste ano, uma sindicância conduzida pelo Tribunal das Contas da União suspendeu o repasse de recursos públicos para o audiovisual, exigindo que a Ancine revesse a forma como fiscaliza as contas dos projetos que aprova”.

O verbo “rever” deveria ter seguido a conjugação de seu verbo primitivo “VER”. “...exigindo que a Ancine revisse a forma como fiscaliza as contas dos projetos que aprova”.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

POR QUE / PORQUE


Quando devo escrever “por que”, “porque”?

Usa-se o “por que”:

1. No início ou no interior das interrogações diretas e indiretas.

  • Por que você faltou?(interrogação direta)
  • Quero saber por que você faltou. (interrogação indireta)


2. Quando tiver o significado de “o motivo pelo qual” ou “a razão pela qual”.

  • Não consigo entender por que (o motivo pelo qual) (a razão pela qual) ela me abandonou.

Usa-se “porque”:

1. Quando significar uma resposta ou explicação.

  • Faltei porque não tinha dinheiro para a condução.
  • Porque foi reprovado, mudou de escola.


segunda-feira, 15 de julho de 2019

SEMI-INTENSIVO


Minha escola está oferecendo um curso Semi Intensivo de Língua Portuguesa .
Isso está certo?

Meu conselho é que você FUJA dele, por duas razões principais.

Primeiro, porque cursos com esse tipo de enfoque raramente beneficiam o aluno.

Segundo, porque, se erram até a grafia do nome do curso, imagino bem o cuidado que terão com as aulas e com o conteúdo.

O Acordo Ortográfico determina o uso do hífen nos casos em que o prefixo termina com vogal idêntica à vogal que inicia a palavra seguinte.

Exemplos:
Semi-industrial / semi-intensivo / contra-ataque / anti-ibérico / anti-imperialista / anti-inflacionário / anti-inflamatório / auto-observação / contra-almirante.




600 MIL CONSULTAS

ATINGIMOS A CIFRA DE SEISCENTAS MIL CONSULTAS ATENDIDAS. PRETENDEMOS CONTINUAR A AJUDAR A TODOS QUE NOS PROCURAREM...

MUITO OBRIGADO A TODOS OS QUE CONFIAM EM NÓS!!!

sexta-feira, 12 de julho de 2019

HOUVE / HOUVERAM

Notícia publicada hoje, por NewsLetter ligada ao setor financeiro:

“O placar também chamou a atenção: quase 3/4 dos deputados votaram a favor da proposta. Até nos partidos de oposição houveram deputados que desobedeceram às orientações da bancada e votaram pela aprovação do projeto”.

O emprego do verbo “haver” está correto?

Não.

O uso do verbo “haver” no plural está, evidentemente, equivocado. Esse verbo integra o rol dos chamados verbos impessoais, que se flexionam apenas na 3ª pessoa do singular, sempre que ocorrer com o mesmo significado de “existir”.
O correto, portanto, é “... houve deputados...”.

terça-feira, 9 de julho de 2019

PERDEMOS / PERCAMOS / PERDERMOS


O jornal O Estado de São Paulo publicou reportagem hoje, de onde pinçamos o seguinte trecho: “A migração para novo sistema será amigável PARA QUE NÃO PERDEMOS o que já foi feito até agora”.

Está gramaticalmente correto?

Não.

A expressão destacada está absolutamente  em dissonância com  sentido do texto. O correto seria usar o verbo no presente do subjuntivo: “Para que não percamos”; ou no infinitivo pessoal, trocando-se o “para que” por “para”: “para não perdermos”.

DO GOVERNO ENTREGAR / DE O GOVERNO ENTREGAR


O jornal O Estado de São Paulo publicou, em 09/07/2019, uma entrevista, com seguinte trecho: “Hoje há um ceticismo grande sobre a capacidade DO GOVERNO entregar uma agenda que é construtiva e muito positiva”.

Está correto?

Não. O sujeito de um infinitivo não pode estar regido de preposição.

O correto, no registro formal culto da Língua Portuguesa em uso no Brasil, é  “Hoje há um ceticismo grande sobre a capacidade DE O GOVERNO entregar uma agenda que é construtiva e muito positiva”.