Pesquisar este blog

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

VAI A VOTAÇÃO / VAI À VOTAÇÃO?

“A Medida Provisória VAI A VOTAÇÃO / VAI À VOTAÇÃO na próxima semana”. Uso ou não a crase?
Sem crase.
O verbo de movimento exige a preposição “A”, mas o substantivo não aceita o artigo definido singular. A crase é a fusão da preposição exigida pelo verbo (ou palavra regente) e o artigo aceito pelo substantivo feminino (ou palavra regida) que vem a seguir.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

EMPODERAR / EMPODERAMENTO

Existe a palavra “empoderamento”? Qual seu significado?

Ultimamente tem sido recorrente o uso de “empoderar” e “empoderamento”.

O termo resulta do aportuguesamento do verbo inglês “to empower” que, originalmente, tem os significados de “autorizar”, “fortalecer”. Pode ser permutado por “autorização” ou “fortalecimento”, dependendo do contexto, sem qualquer prejuízo semântico.

O processo de “empréstimo linguístico”, como formador de palavras, tem se tornado cada vez mais frequente nestes tempos de “globalização” e é praticamente impossível freá-lo de modo a preservar a pureza de nosso idioma. Embora muitos professores e linguistas discordem do que chamam de “abastardamento” da língua, todos sabemos que, quanto mais intenso for o intercâmbio entre os povos, principalmente com a expansão da transmissão eletrônica de dados e informações, mais e mais ocorrerá essa interpenetração linguística.

Países europeus, notadamente França e Portugal desenvolvem rígidas práticas restritivas do uso desse procedimento e têm conseguido ampla adesão da população e dos meios de comunicação em geral.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

"VALE TRANSPORTE" / "VALE-TRANSPORTE"

Qual é o certo “Vale-transporte” ou “vale transporte”?

Com o hífen.

O Acordo Ortográfico define que os compostos de dois radicais que mantêm sua autonomia semântica e fonética, mas que formam uma nova unidade SIGNIFICATIVA devem ser escritos com o hífen.

Base XV
Do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares

1º) Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva.

sábado, 23 de agosto de 2014

"CAVALO DE PAU" ou "CAVALO-DE-PAU"?

Devo escrever “cavalo de pau” ou “cavalo-de-pau”?

Sem o hífen.

Locuções desse tipo só usam o hífen se forem de uso consagrado pelo tempo ou se pertencerem aos campos semânticos da flora ou da fauna.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

CORPO A CORPO / CORPO-A-CORPO?

CORPO A CORPO É ESCRITO COM HÍFEN?

Escreve-se sem o hífen.

O Acordo Ortográfico determina que as locuções de qualquer espécie sejam escritas sem o hífen, salvo algumas já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colônia; arco-da-velha; cor-de-rosa; mais-que-perfeito etc.).


São, pois, escritas sem o hífen as locuções cão de guarda; fim de semana; sala de jantar; cor de açafrão; cor de café com leite; quem quer que seja; corpo a corpo; cara a cara...

terça-feira, 12 de agosto de 2014

SOLILÓQUIO

Qual é o significado de “solilóquio”?


Substantivo masculino, uniforme em gênero. Significa o mesmo que monólogo. É o ato de alguém falar consigo mesmo.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

EXISTE "NAONDE"?

Um dia desses ouvi um entrevistado em um programa televisivo, tratado de “doutor” pelo entrevistador, dizer: “Trabalhamos muito na pastoral, naonde obtemos grandes retornos emocionais”. Fiquei preocupado, porque teríamos um advérbio aglutinado a duas preposições: ((“em” + “a” + “onde”) = naonde) e o verbo estaria regendo duplamente as preposições usadas, o que, evidentemente, vai de encontro à Gramática Normativa.

Procurei nos dicionários Aurélio, Houaiss, Michaelis, Priberan, Aulete, no VOLP e não encontrei o advérbio “naonde”. Vai ver que o “doutor”, aplicando livremente sua “doutorice”, criou um advérbio novo e aproveitou para inovar, também, na regência verbal e no emprego de sua “obra”.