Eu curti, ele curtiu; eu possuí, ele possuiu; eu carpi, ele
carpiu; eu intervi… ele interviu? Esse é um erro comum
cometido até por pessoas acostumadas com o trabalho textual. Ocorre que o
pretérito perfeito (passado) de “intervir”, na terceira pessoa do singular
(ele), é “interveio”. Por quê? Porque o verbo “intervir” é derivado do verbo
irregular “vir” e o segue no modelo de conjugação.
O passado de “vir”, na terceira do singular, é “ele veio”,
que não se confunde com “ele viu”, passado de “ver”, outro verbo irregular.
Os verbos derivados de “vir” e de “ver” se conjugam
exatamente como eles. Assim: “provir” e “intervir” vêm de “vir”,
portanto “eu vim ...eu provim... ele proveio”
e “eu vim ... eu intervim ... ele interveio”;
“prever” e “antever” vêm de “ver”, portanto
“eu vi ... eu previ...ele previu”
e “eu vi ... eu antevi ... ele anteviu”.