CONSULTA –
Existe hífen na palavra “editor chefe”?
RESPOSTA –
Para início de conversa, vamos esclarecer que o “editor chefe” é um cargo diferente do “editor” e do “chefe”. Assim, para designá-lo, cunhou-se uma nova palavra constituída de duas outras já existentes na língua. Esse procedimento linguístico é conhecido como composição por justaposição.
Portanto, “editor chefe” É uma palavra composta por justaposição.
A base XV do Acordo Ortográfico diz o seguinte:
Base XV
Do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares
1º) Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva.
Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista.
- Observe, por favor, os termos destacados. São absolutamente semelhantes a EDITOR-CHEFE e EDITOR-EXECUTIVO. O mesmo deve ocorrer com secretário-geral, secretário-executivo, e outros de formação idêntica.