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domingo, 29 de novembro de 2020

MASCULINO / FEMININO

Alface — Substantivo feminino:

  • Esta alface está estragada.
  • Gosto de alface  americana.

Cal — Substantivo feminino:

  • A cal não cobriu as imperfeições do reboco.
  • A cal pode causar sérias queimaduras. 

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

VEJA-AS / VEJA ELAS

 Gêmeas consideradas “as mais bonitas do mundo”. Veja elas agora!

Os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele(a), nós, vós ele(a)s) exercem a função sintática de sujeito da oração.

Eu sei - Tu sabes - Ele – Ela sabe - Nós sabemos - Vós sabeis - Eles – Elas sabem

Os pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe(s), nos, vos, o(s), a(s)) exercem a função sintática de complementos verbais (objetos diretos ou indiretos).

Dai-nos a paz! Vejo-o no inferno! Mando-lhes flores! Vendi-te aos fariseus!

Na oração “Veja elas agora”, o sujeito é “tu”, implícito na desinência do verbo no modo imperativo. O objeto NÃO pode ser “elas”, como explicamos acima.

O correto, pois, é que a frase seja reformulada para:

“Veja-AS agora!”

 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

"COMPANIA" ou “COMPANHIA”?

 Muitas dúvidas referentes à língua portuguesa, principalmente relacionada à ortografia, surgem somente quando há a necessidade de se escrever um texto. Esse distanciamento existente entre a língua falada e a escrita gera diversos vícios de linguagem. Qual é o correto: compania ou companhia?

A forma correta é companhia. Indica o ato de ser acompanhante ou de acompanhar alguém. Ser companheiro.

  • Você é sempre uma boa companhia.
  • Se você não quiser minha companhia, é só dizer!
  • A Conab se originou da fusão de três empresas públicas, a Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal), a Companhia de Financiamento da Produção (CFP) e a Companhia Brasileira de Armazenamento (Cibrazem), que atuavam em áreas distintas e complementares, quais sejam, abastecimento, fomento à produção agrícola e armazenagem, respectivamente.

sábado, 7 de novembro de 2020

PERMITIR A / PERMITIR-LHE

A AmBev é conhecida pela eficiência operacional e pela forte gestão de custos, o que a permitiu no passado comprar pequenas e grandes empresas e torná-las lucrativas, mas entre as muitas ferramentas para atingir esse objetivo, a escala de produção era algo em que se podia confiar. 

O verbo “permitir” é um transitivo relativo (antigamente chamado bi-transitivo). Tais verbos necessitam de dois objetos, um direto e outro indireto, para lhes completar o sentido; “quem permite, permite alguma coisa (OD) a alguém (OI). São mais frequentes os objetos diretos serem “coisas” e os indiretos serem “pessoas”.

a)   Diziam-me (OI) coisas (OD) absurdas.

b)   Ofertaram-lhe (OI) flores (OD) miúdas.

c)    Elas nos (OI) deram flores (OD).

d)   Todos te (OI) mandaram lembranças (OD).

e)   Eu lhes (OI) peço desculpas (OD).

O pronome átono a serve exclusivamente de objeto direto, portanto a construção está equivocada.

Corrija-se para “o que LHE permitiu”.

 

terça-feira, 20 de outubro de 2020

"Conhecidência" ou “coincidência”

A forma correta é coincidência. Refere-se ao acontecimento casual de várias situações relacionadas. 

  • Você aqui também? Que coincidência! 
  • O que aconteceu foi uma mera coincidência. 
  • Dizem os físicos que coincidências não existem...

CONJUGAÇÃO DO VERBO “PREVER”

 Na frase: o legislador não preveu os aspectos negativos presentes no texto legal.

O verbo prever conjuga-se como o verbo ver.

Tal como se diz se ele VIUtambém se deve dizer se ele PREVIU:

  • O legislador não previu os aspectos negativos presentes no texto legal.
  • Se eu previsse que ia chover, não sairia.
  • Hei de ver o seu sucesso / Hei de prever o seu sucesso.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

CONSCIÊNCIA QUE / CONSCIÊNCIA DE QUE

Tenho consciência que agora eu realmente estou fazendo tudo ao meu alcance.

O termo "consciência" é um substantivo abstrato e está, no texto, a pedir algo que lhe complemente o sentido. O leitor indagará sempre: "consciência DE quê"? 

Quem tem consciência tem consciência de alguma coisa, não é mesmo?

Sem querer que ninguém fique preocupado com termos técnicos, esse é um caso claro do que a Gramatica Normativa chama de "Complemento Nominal", aquele que completa o sentido de um nome gramatical (substantivo-adjetivo-advérbio).

Tenho consciência  DE que agora eu realmente estou fazendo tudo ao meu alcance.

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