Professor! Olha essa!
Um jornal de circulação nacional publicou, hoje, 28/12/2018, a notícia de onde foi retirado este trecho: “Se Temer sabia que o empresário pagava uma mesada para que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o operador Lúcio Funaro, ambos presos na Lava Jato, se manterem calados....”.
Um jornal de circulação nacional publicou, hoje, 28/12/2018, a notícia de onde foi retirado este trecho: “Se Temer sabia que o empresário pagava uma mesada para que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o operador Lúcio Funaro, ambos presos na Lava Jato, se manterem calados....”.
Parece que o autor do texto “matou” a aula em que o professor
ensinou a conjugar o verbo “manter” no pretérito imperfeito do subjuntivo, bem
como quando empregá-lo.
O primeiro “SE”, em “Se Temer sabia...” instaura uma dúvida em
relação ao que vai ser declarado a seguir: afinal, Temer sabia ou não sabia da
mesada?
Quando ocorre tal incerteza sobre a ocorrência da declaração
verbal, a Língua Portuguesa usa o verbo no Modo Subjuntivo, o chamado “modo
dubitativo”.
Na mesma sequência, o verbo “saber” está no imperfeito do
indicativo, isto é, faz uma declaração sobre uma ação situada em um tempo
passado indefinido. O verbo da oração consequente (sabia o quê? ...” deve estar
no mesmo tempo, no modo subjuntivo, para ajustar-se logicamente ao sentido que
se quer expressar: algo que poderia ter
ocorrido em um tempo passado indefinido.
Por isso, o correto é: “Se Temer sabia que o empresário pagava
uma mesada para que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o operador Lúcio
Funaro, ambos presos na Lava Jato, se MANTIVESSEM
calados....”.