Palavras e expressões estrangeiras não recebem acento gráfico em português?
É verdade. As normas ortográficas vigentes só têm valor para palavras genuinamente portuguesas. As palavras e expressões de outras línguas, desde que não aportuguesadas, devem ser escritas como em sua origem.
Algumas expressões já se tornaram tão comuns na linguagem cotidiana que as usamos sem lembrar que pertencem a um sistema gráfico distinto do nosso.
É o caso de “performance” (em português, “desempenho”), que, embora tenha o acento tônico na antepenúltima sílaba, proparoxítono portanto, não tem o acento gráfico que uma palavra proparoxítona da língua portuguesa teria. Veja um exemplo disso:
“Mesmo se esforçando o mais possível, o atleta não conseguiu atingir a mesma performance obtida no último ano”
Os termos latinos, muito usados nos textos jurídicos, mas que também ocorrem na linguagem corrente, devem ser objeto de maiores cuidados em seu emprego e em nenhum deles usar-se o sinal diacrítico.
Não têm acento gráfico as seguintes expressões:
a posteriori – per capita – deficit – lato sensu – stricto sensu – a priori – performance.
Quando, porém, palavras estrangeiras passam pelo aportuguesamento, no processo de formação de palavras conhecido como “empréstimo linguístico”, devem seguir as normas usuais de nosso sistema ortográfico.
Repórter – deletar – Munique – Hamburgo – estresse – esporte...