Na frase “Uma estrutura genética que o permitiu sobreviver à mudança”, o uso do pronome átono antes do verbo “permitir” está correto?
A posição proclítica está perfeita, pois o “que” é um pronome relativo (estrutura genética a qual ...) que obriga a anteposição do pronome oblíquo em relação ao verbo.
O que está equivocado é a escolha do pronome. Dos pronomes oblíquos (me; te; se; lhe(s); nos; vos; o(s); a(s)), os únicos que exercem, exclusivamente, a função de objeto direto são exatamente o(s) e a(s).
Ocorre que a regência do verbo “permitir” exige objeto direto para “coisa” e objeto indireto para “pessoa”: permitir algo a alguém. Dessa forma, preserve-se a colocação pronominal, mas mude-se o pronome de “o” para “lhe”.
“Uma estrutura genética que lhe permitiu sobreviver à mudança”.
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