Pesquisar este blog

sexta-feira, 15 de junho de 2018

CONJUGAÇÃO DO VERBO INTERMEDIAR


Professor, li em jornal de circulação nacional a noticia: “A TFM Agency, antiga Traffic, ajuda o Galo na busca pelo atleta. A empresa financia parte da negociação e INTERMEDIA as conversas ao lado do dirigente alvinegro”.

O verbo INTERMEDIAR está flexionado corretamente?

Não. O verbo “intermediar” não se conjuga assim.

Os verbos terminados em -iar têm conjugação regular, ou seja, seguem a conjugação de qualquer verbo terminado em -ar, como, por exemplo, o "andar". Então, se dizemos "eu ando, tu andas, ele anda", também diremos "eu negocio, tu negocias, ele negocia".

Há alguns verbos terminados em -iar, porém, que não seguem essa conjugação. É o caso de "mediar", "ansiar", "remediar", incendiar", "odiar" e todos os seus derivados. Esses verbos terão o acréscimo da letra "e" antes da terminação -iar, nas pessoas "eu, tu, ele e eles" do presente do indicativo (todos os dias ...) e do presente do subjuntivo (espero que ...). A conjugação desses dois tempos ficará desta forma: Todos os dias eu medeio, tu medeias, ele medeia, nós mediamos, vós mediais, eles medeiam. Que eu medeie, tu medeies, ele medeie, nós mediemos, vós medieis, eles medeiem.

Todos os outros tempos seguem a conjugação regular, ou seja, terão conjugação igual à de qualquer verbo terminado em -ar.

O verbo "intermediar" é derivado de "mediar" e sua conjugação é idêntica. A frase apresentada, então, deve ser assim reescrita:
“A empresa financia parte da negociação e INTERMEDEIA as conversas ao lado do dirigente alvinegro”.

sábado, 9 de junho de 2018

500.000 ACESSOS AO BLOG

MEIO MILHÃO DE ACESSOS 

Nesta semana, ultrapassamos a marca de meio milhão de consultas ao Blog.

Nosso muito obrigado a todos os consulentes!

Fica aqui a promessa de continuarmos firmes em nosso propósito de ajudar sempre que alguém necessitar de alguma ajuda com a Nossa Língua Portuguesa..


quarta-feira, 23 de maio de 2018

VOCÊ / TEU / TUA


Professor, eu estava assistindo ao programa “Seleção Sport TV” e um dos jornalistas participantes fez a seguinte pergunta ao jogador entrevistado:
“Fulano, na TUA volta aos gramados, em que partida VOCÊ se sentiu mais à vontade?”

Achei estranha a ocorrência de TU e VOCÊ, na mesma sentença e referindo-se ao interlocutor do falante. Pode isso?
Não, não pode!

As pessoas do discurso são três. 1ª pessoa: quem fala (eu, nós); 2ª pessoa (tu, vós): com quem se fala; 3ª pessoa: de quem se fala (ele/ela, eles/elas). Esses pronomes pessoais retos são tônicos e têm seus correspondentes átonos específicos.
Eu è me, meu, minha.                            Nós è nos, nossos, nossas.
Tu è te, teu, tua.                                     Vósè vos, vosso, vossas.
Ele/Ela è o/a, se, lhe, seu, sua.              Eles/elas è os/as se, lhes, seus, suas.

No registro coloquial, usado no Brasil, é comum as pessoas confundirem os pronomes átonos de 2ª pessoa com os de 3ª pessoa. Foi o que deve ter ocorrido com o jornalista em questão.

No registro formal, dever-se-ia dizer:

“Fulano, em TUA volta aos gramados, em que partida TE sentiste mais à vontade?”
“Fulano, em SUA volta aos gramados, em que partida VOCÊ se sentiu mais à vontade?”

Misturar pronomes de 2ª e 3ª pessoas é erro primário de uso da Língua Portuguesa.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A


Ao encontro de indica “estar de acordo com”, “em direção a”, “favorável a”, “para junto de”. É uma expressão usada para indicar concordância.
De encontro a tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para chocar-se com”. É uma expressão usada para indicar discordância.
Ou seja, as locuções têm significado totalmente opostos.
Exemplos:
a) Este roteiro vem ao encontro de tudo que queria para realizar a filmagem. (“favorável a”).
b) As reações que o grupo externou foram de encontro ao esperado pelo chefe. (“em oposição a”).

sábado, 21 de abril de 2018

USO DE PREFIXO "AUTO"


A palavra “auto massagem” é escrita com ou sem hífen”?
Sem o hífen. Os prefixos terminados em vogal, antecedendo palavras iniciadas por consoantes diferentes de [r] e [s], dispensam o uso do hífen.
·    Anteprojeto
·    Antipedagógico
·    Autopeça
·    Autoproteção

Se a palavra modificada começar com [r] ou [s], dobram-se essas letras e também não se usa o hífen.

antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas



domingo, 15 de abril de 2018

SE VOCÊ VER /VIR


Professor, recebi uma mensagem com o seguinte trecho: “Se você ver a Lua, você verá a beleza de Deus; se você ver o Sol, você verá o poder de Deus; se você ver sua própria imagem, você verá a melhor criação de Deus”. Fiquei em dúvida quanto à correção do emprego do verbo “ver”. Está certo?

Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz.

Os “modos” verbais são empregados para denotar determinados aspectos da ação descrita pelo verbo.

  • Indicativo – denota uma ação líquida e certa, isto é, ocorre, ocorreu ou ocorrerá.
  • Subjuntivo – Expressa um fato incerto, duvidoso ou mesmo irreal, dependendo da vontade ou do sentimento de quem o emprega.
  • Imperativo – É empregado para exprimir ordem, súplica, convite ou pedido.
  • Formas nominais – São formas verbais com funções próprias do substantivo, adjetivo ou advérbio.
O verbo ver, no texto da consulta, expressa claramente fatos que não têm ocorrência comprovada na realidade, tanto que cada oração inicia-se por uma conjunção subordinativa condicional “se”. Nesse caso, o verbo “ver” deve ser empregado no futuro do subjuntivo:

“Se você vir a Lua, você verá a beleza de Deus; se você vir o Sol, você verá o poder de Deus; se você vir sua própria imagem, você verá a melhor criação de Deus”.

sexta-feira, 30 de março de 2018

FARÁ / FARÃO


Professor, li esse texto em um jornal e me parece que a concordância verbal do verbo “fazer” está incorreta: “As receitas de pedágio de todas as concessionárias irão para uma câmara de compensação que farão transferências entre as empresas”.

E você está absolutamente certo. o sujeito do verbo em questão é o pronome relativo “que”, anteposto ao verbo.

Diz a regra: “Quando o sujeito é o pronome relativo ‘que’, o verbo concordará com seu antecedente”. O antecedente do pronome relativo, no texto, é a expressão “uma câmara de compensação” que, como se vê, está no singular e com ela o verbo concordará.

“As receitas de pedágio de todas as concessionárias irão para uma câmara de compensação que fará transferências entre as empresas”.