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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Concordância do verbo "fazer"


CONSULTA:

Como é a concordância do verbo “fazer”, quando nos referimos a tempo decorrido?

RESPOSTA:

O verbo “fazer” é um desses verbos que tem mais de um significado e muda a concordância, quando muda o significado. Da mesma forma que “assistir” e “visar”.

Quando o significado é “criar” ou “construir” algo, a concordância é feita normalmente com o sujeito. Sujeito singular, verbo singular; sujeito plural, verbo no plural.

·    Os marceneiros fizeram uma bela porta para aquela sala.
·    O artista fez algo inusitado.
·    Nós fizemos pouco caso de sua capacidade de reação.
·    Tu fizeste o dever de casa?


Quando o significado está relacionado a tempo ou a temperatura, o verbo “fazer"” transforma-se em verbo impessoal e fica sempre na 3ª pessoa do singular.

·    Faz cinco anos que ele partiu.
·    Faz invernos extremamente rigorosos naquela região.
·    Faz dois séculos que não nos vemos.
·    Fez quinze dias ontem.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

CONSULTA: Uso de tempos e modos verbais.

CONSULTA:

"Em caso de empate ficaria com a vaga o estudante que for mais pobre"  ou  “em caso de empate ficaria com a vaga o estudante que fosse mais pobre"?

RESPOSTA:

A segunda hipótese é a correta: "Em caso de empate ficaria com a vaga o estudante que fosse mais pobre."
  • Veja que o verbo “ficar”, no futuro do pretérito, exige que se use o verbo da oração seguinte no imperfeito do subjuntivo, pois é o modo que representa um fato “possível”, mas não “provável”, no passado.
  • Caso usássemos o verbo “ficar” no futuro do presente – ficará – transferiríamos a dúvida de o fato ocorrer para o futuro e aí o verbo da oração seguinte deveria ir para o futuro do subjuntivo – for – “Em caso de empate, ficará com a vaga o estudante que for mais pobre”.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

USO DA VíRGULA

CONSULTA:


Na frase "O Sol, o vento, as águas, o petróleo e a energia nuclear são algumas das várias fontes de energia no mundo", posso substituir a conjunção destacada por vírgula?


RESPOSTA:


Perfeitamente. As funções sintáticas compostas – no caso apresentado é o "sujeito composto" – têm seus diferentes núcleos separados por vírgula. Costuma-se usar entre os dois últimos núcleos a conjunção aditiva [e], mas isso não é obrigatório. O que não pode haver, nesse caso, é vírgula entre o último núcleo e o verbo.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

REGÊNCIA NOMINAL - VALOR


Devo dizer “O que você dá valor” ou “A que você dá valor”?

RESPOSTA:

O “que” está completando o sentido do substantivo “valor”, no fim da frase. Dar valor a alguma coisa. É, como se diz na gramática tradicional, um complemento nominal. Todo complemento nominal vem antecedido de preposição. Sua função em relação ao nome é idêntica ao do objeto indireto em relação ao verbo.

Deve-se dizer, pois, “A que você dá valor”.

terça-feira, 12 de julho de 2011

EM FÉRIAS / DE FÉRIAS?

Qual é a forma correta “Pagot está de férias / Pagot está em férias”?

As duas formas estão corretas. Pode-se dizer das duas maneiras: Pagot entrou em férias. / Pagot entrou de férias.
Entretanto, se o substantivo férias estiver determinado por um adjetivo qualquer, a coisa muda de figura. Aí a preposição em é a regra:
  • Os professores da rede oficial entrarão em férias coletivas no próximo dia 15.
  • Sairemos em merecidas férias amanhã!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

REGÊNCIA DO VERBO "PARTICIPAR"

CONSULTA: Que preposição usar em “Reformulação do programa (no) (do) qual participei.”?

RESPOSTA: As duas propostas são perfeitamente possíveis. O verbo participar aceita complemento regido por “em” ou “de”.
“Participar de alguma coisa” ou “em alguma coisa”

·Participar das (ou nas) licitações fraudulentas.
·Participar de uma (ou numa) negociata.
·Participar dos (ou nos) lucros desonestos.
·Participar de (ou em) desvios de verbas públicas.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Como é que se escreve “hiperrealista” ou “hiper-realista”?


Na visão de muitas pessoas, o hífen deixou de existir e, agora, os dois "rr" juntam-se sempre. Errado.

Vamos entender o problema. As palavras que passaram a ser escritas com dois erres "rr" são as formadas de prefixos terminados em vogal seguidos de termos que se iniciam pela letra "r", como é o caso de "autorreflexão" (auto + reflexão). 

Assim acontece porque entre duas vogais, um "r" ou dois "rr" são pronunciados de forma diferente ("caro" "carro").

O Acordo Ortográfico simplificou a regra: se a letra final do prefixo for idêntica à inicial do termo seguinte, haverá hífen. Assim: contra-almirante, entre-eixos, arqui-inimigo, micro-ondas, sub-base, pan-negritude, circum-murado, hiper-realista etc.

Logo, a grafia correta é “hiper-realista”.