É fatal que agora surja o questionamento: Qual é a forma correta “presidente” ou “presidenta”?
O termo é um substantivo comum de dois gêneros. Tais substantivos apresentam uma só forma para os dois gêneros, fazendo a distinção entre o masculino e o feminino pelo gênero do artigo. Para esse substantivo, o Dicionário A. Houaiss registra as seguintes acepções:
1. indivíduo que preside (algo).
2. indivíduo que dirige os trabalhos numa assembléia,
congresso, conselho, tribunal etc.
3. título oficial do chefe do governo no regime
presidencialista.
4. título oficial do chefe da nação nas repúblicas
parlamentaristas.
5. título que às vezes se dá ao dono ou ao diretor-geral
de uma empresa, clube, banco etc.
1. indivíduo que preside (algo).
2. indivíduo que dirige os trabalhos numa assembléia,
congresso, conselho, tribunal etc.
3. título oficial do chefe do governo no regime
presidencialista.
4. título oficial do chefe da nação nas repúblicas
parlamentaristas.
5. título que às vezes se dá ao dono ou ao diretor-geral
de uma empresa, clube, banco etc.
Adjetivo de dois gêneros (1664) — que preside, que dirige.
Se é “comum de dois gêneros”, não há por que duvidar-se de que o uso formal deva ser “presidente”, não importa se quem exerce o cargo seja “homem” ou “mulher”. Aliás, é bom que se diga que o gênero gramatical não deve ser confundido com o gênero biológico. São coisas diferentes! Ninguém duvida, por exemplo, de que “pedra, rocha, árvore, bílis, fé, inteligência, linfa, visão e água” sejam do gênero feminino, mas também ninguém aceitaria dizer-se que tais nomes sejam do sexo feminino, ou seja lá que sexo for.
O gênero gramatical é atribuído aos nomes que designam os animais (machos e fêmeos) e as coisas concretas, abstratas, naturais ou ideais. (usei fêmeo porque o adjetivo está alterando o substantivo “animais”, indiscutivelmente do gênero masculino).
O Dicionário Houaiss registra que “também é usado presidenta”, na última linha do verbete, quase que a pedir desculpas por ter se lembrado disso. Afinal, para usar-se “presidenta” seria necessário apenas que se modificasse a classificação de “comum de dois gêneros” para “substantivo comum” e a celeuma estaria desfeita.
Pode-se usar, portanto, uma ou outra forma, mas o corretíssimo, o tradicional, o vernáculo, sem qualquer preocupação com o “politicamente correto” é “presidente”.