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segunda-feira, 15 de julho de 2019

SEMI-INTENSIVO


Minha escola está oferecendo um curso Semi Intensivo de Língua Portuguesa .
Isso está certo?

Meu conselho é que você FUJA dele, por duas razões principais.

Primeiro, porque cursos com esse tipo de enfoque raramente beneficiam o aluno.

Segundo, porque, se erram até a grafia do nome do curso, imagino bem o cuidado que terão com as aulas e com o conteúdo.

O Acordo Ortográfico determina o uso do hífen nos casos em que o prefixo termina com vogal idêntica à vogal que inicia a palavra seguinte.

Exemplos:
Semi-industrial / semi-intensivo / contra-ataque / anti-ibérico / anti-imperialista / anti-inflacionário / anti-inflamatório / auto-observação / contra-almirante.




600 MIL CONSULTAS

ATINGIMOS A CIFRA DE SEISCENTAS MIL CONSULTAS ATENDIDAS. PRETENDEMOS CONTINUAR A AJUDAR A TODOS QUE NOS PROCURAREM...

MUITO OBRIGADO A TODOS OS QUE CONFIAM EM NÓS!!!

sexta-feira, 12 de julho de 2019

HOUVE / HOUVERAM

Notícia publicada hoje, por NewsLetter ligada ao setor financeiro:

“O placar também chamou a atenção: quase 3/4 dos deputados votaram a favor da proposta. Até nos partidos de oposição houveram deputados que desobedeceram às orientações da bancada e votaram pela aprovação do projeto”.

O emprego do verbo “haver” está correto?

Não.

O uso do verbo “haver” no plural está, evidentemente, equivocado. Esse verbo integra o rol dos chamados verbos impessoais, que se flexionam apenas na 3ª pessoa do singular, sempre que ocorrer com o mesmo significado de “existir”.
O correto, portanto, é “... houve deputados...”.

terça-feira, 9 de julho de 2019

PERDEMOS / PERCAMOS / PERDERMOS


O jornal O Estado de São Paulo publicou reportagem hoje, de onde pinçamos o seguinte trecho: “A migração para novo sistema será amigável PARA QUE NÃO PERDEMOS o que já foi feito até agora”.

Está gramaticalmente correto?

Não.

A expressão destacada está absolutamente  em dissonância com  sentido do texto. O correto seria usar o verbo no presente do subjuntivo: “Para que não percamos”; ou no infinitivo pessoal, trocando-se o “para que” por “para”: “para não perdermos”.

DO GOVERNO ENTREGAR / DE O GOVERNO ENTREGAR


O jornal O Estado de São Paulo publicou, em 09/07/2019, uma entrevista, com seguinte trecho: “Hoje há um ceticismo grande sobre a capacidade DO GOVERNO entregar uma agenda que é construtiva e muito positiva”.

Está correto?

Não. O sujeito de um infinitivo não pode estar regido de preposição.

O correto, no registro formal culto da Língua Portuguesa em uso no Brasil, é  “Hoje há um ceticismo grande sobre a capacidade DE O GOVERNO entregar uma agenda que é construtiva e muito positiva”.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

CONTRA-ATAQUE / CONTRA-ATACAR


O jornal O Globo publicou nota, em 08JUL19, com o seguinte trecho:

“Em entrevista durante a feira Expert 2019, organizada pela XP na semana passada, o empresário considera que os bancos não serão velozes o suficiente para contra-atacar porque carregam uma estrutura de custos fixos - embora ele admita que já há empresas tradicionais tentando reagir à sua ofensiva”. 

Comente o uso do HÍFEN.

O uso do hífen está correto.

Prefixos terminados em vogal só admitem o hífen se a palavra seguinte iniciar-se pela mesma vogal ou pela letra [H].

anti-herói; macro-história; mini-hotel; proto-história; sobre-humano; ultra-humano; anti-ibérico; anti-imperialista; anti-inflacionário; anti-inflamatório; auto-observação; contra-almirante; contra-ataque; micro-ondas; semi-internato.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

SEMI-JOIAS / SEMI JOIAS / SEMIJOIAS?


O Acordo Ortográfico aboliu o uso do hífen nos casos em que o prefixo termina com vogal diferente da vogal que inicia a palavra seguinte.
Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução.

Atenção para os detalhes:


  • Quando o primeiro elemento termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Ex: extra-escolar será escrito como “extraescolar”.
  • Quando o segundo elemento começar com R ou S, a primeira letra do segundo elemento deverá ser duplicada. Ex: anti-semita e contra-regra serão escritos como “antissemita” e “contrarregra”.
  • Outra regra para o hífen é a de incluí-lo onde antes não existia, nos casos em que o primeiro elemento finalizar com a mesma vogal que começa o segundo elemento. Ex: microondas e antiinflamatório serão escritos como “micro-ondas” e “anti-inflamatório”.
  • Se o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante, não existe hífen.


A palavra semijoia encaixa-se nesta regra.