“A pouca idade,
porém, não será a maior dificuldade”.
O
autor do texto cometeu um deslize na escolha das palavras.
Quando escrevemos formalmente, devemos atentar para os significados presentes ou “supostos” pelo leitor, não deixando margens a dúvidas ou distrações de quem lê. O “cacófato” é um vício de linguagem comum quando não se tem esse cuidado, gerando expressões ridículas, risíveis, torpes, ou inadequadas.
Dizer,
por exemplo, que os torcedores cantaram “nosso hino = no suíno” à capela, isto
é, sem acompanhamento musical, não fica bem nem mesmo para a crônica esportiva,
notória pelos aleijões linguísticos que produz.
Exemplos
de cacófatos não faltam: boca dela;
calma minha filha; na vez passada; Maluf nunca ganhou nada; a gente tinha; Foi entregue pela dona do 2º andar...
O
cacófato presente na frase inicial, “A pouca idade, porém, não será a
maior dificuldade”, pode ser facilmente eliminado com a permuta por um termo ou
expressão equivalente: “A juventude,
porém, não será a maior dificuldade”.