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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

REGÊNCIA DO VERBO ASSISTIR


CONSULTA –

O que está errado na frase “Vai assistir o jogo hoje”?

RESPOSTA –

A regência verbal. O verbo “assistir” tem quatro significados distintos e, em cada um deles, uma regência específica.
a.     Assistir significa “presenciar”, como na frase da consulta. Nesse caso, a construção correta é como transitivo indireto e o complemento deve ser antecedido da preposição “a”.
o   Grande multidão assistia ao jogo.
o   Não assisto a filmes de terror.
b.     Assistir significa “ajudar” e pode ser empregado como transitivo direto ou indireto (sempre com o objeto indireto regido da preposição “a”)
o   Não havia médicos para assistir aos doentes.
o   O professor-adjunto o assistia na condução do curso.
c.      Assistir significa “morar” (já em desuso). Nesse caso é intransitivo e deve ser construído com adjunto adverbial.
o   Tenho casa própria e nela assisto.
o   Naquele tempo, o casal assistia no interior.
d.     Assistir significa “pertencer”. Deve ser usado como transitivo indireto.
o   Não lhe assiste o direito de reclamar.
o   O direito de greve assiste aos trabalhadores.
Assim, a frase da consulta fica correta se usarmos a preposição “a” em contração com o artigo que antecede a palavra “jogo”: “Vai assistir ao jogo hoje”?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

POR QUE / POR QUÊ


CONSULTA –
Quando devo escrever “por que”, “porque”, “por quê” e “porquê”?

RESPOSTA –
Usa-se o “por que”:
1.     No início ou no interior das interrogações diretas e indiretas.
a.      Por que você faltou?(interrogação direta)
b.     Quero saber por que você faltou. (interrogação indireta)
2.     Quando tiver o significado de “o motivo pelo qual” ou “a razão pela qual”.
a.      Não consigo entender por que (o motivo pelo qual) (a razão pela qual) ela me abandonou.

Usa-se “porque”:
1.     Quando significar uma resposta ou explicação.
a.      Faltei porque não tinha dinheiro para a condução.
b.     Porque foi reprovado, mudou de escola.

Usa-se “por quê”:
1.     Quando estiver no final das interrogações diretas e exclamações.
a.      Você faltou por quê?
b.     O Flamengo perdeu por quê?
c.      Não sei por quê!

Usa-se “porquê”:
1.     Quando estiver antecedido de artigo, pronome ou numeral. Nesses casos, ocorre a chamada formação imprópria e o porquê é substantivo.
a.      Não sei o porquê de tanta confusão.
b.     Meus porquês são sempre fundamentados em bases sólidas.
c.      Sempre há um porquê mal explicado em suas justificativas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PLURAL DE "ULTRAVIOLETA"?


CONSULTA —

Como é o plural de “raio ultravioleta”?

RESPOSTA —

Só pluraliza o substantivo: “raios ultravioleta”.

Nos adjetivos compostos indicativos de cor, somente o último elemento concorda com o substantivo a que se refere: blusa amarelo-clara; blusas amarelo-claras.

Entretanto, se um dos elementos da composição for um substantivo, ambos ficam invariáveis: saia vermelho-sangue; saias vermelho-sangue e qualquer adjetivo com o início em cor de...

Com a reforma ortográfica, somente cor-de-rosa manteve o hífen. Os demais o perderam... Cor de abóbora, cor de limão, cor de vinho, cor de açafrão...

COMPREI ELE?


CONSULTA –
Porque não posso escrever “comprei ele”, “vendi ele”, “decepcionei tu”, “convidou nós”?
RESPOSTA –
Os pronomes retos eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. São chamados de pronomes subjetivos, isto é, servem de sujeito da oração. Para a função de objeto temos os pronomes oblíquos átonos (me-te-se-lhe(s)-nos-vos-o(s)-a(s)).
Assim: comprei-o, vendi-o, decepcionei-te, convidou-nos.
Também: deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me.