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quarta-feira, 17 de junho de 2015

DADO / DADOS - DADA / DADAS

A frase "Dado os índices das pesquisas” está correta?

O particípio passado do verbo “dar” tem o valor de um adjetivo. Em assim sendo, sua concordância com o substantivo a que se refere, no caso “índices”, é normal:
  • Dados os índices das pesquisas.
  • Dado o resultado das pesquisas.
  • Dadas as dimensões do poliedro x.
  • Dada a atual conjuntura socioeconômica.
  • Dadas as tendências atuais.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

À MEDIDA QUE / NA MEDIDA QUE

A propósito das chamadas “biografias não autorizadas”, Luiz Fux entende que, "na medida que cresce a notoriedade da pessoa, diminui-se a sua reserva de privacidade”.

À MEDIDA QUE / NA MEDIDA QUE

Diz-se "à medida que" ou "na medida em que"? Depende das intenções do falante.

São duas locuções conjuntivas parecidas, mas de significados diferentes.
Apenas para lembrar: "locução conjuntiva" é todo grupo de palavras com função relacional entre duas ou mais orações ou dois ou mais termos de uma oração.

·        À medida que chovia / a terra ficava mais e mais encharcada...
·        À medida que se esforçava, sua importância na empresa aumentava.

Trata-se de uma locução conjuntiva com cláusula de proporcionalidade, introduzindo orações subordinadas adverbiais proporcionais.

A locução "na medida que", não tem tradição nos clássicos da língua, contudo vem sendo usada, até por pessoas com domínio linguístico razoável, com valor causal. Algumas vezes até introduzem mais a preposição “em”, causando verdadeira barafunda sintática e semântica.

·        O governo não conseguiu resolver o problema na medida em que não enfrentou suas verdadeiras causas.
Ou seja,
·        O governo não conseguiu resolver o problema porque não enfrentou suas verdadeiras causas.

O texto inicial da consulta deve, portanto, ser modificado para “A propósito das chamadas ‘biografias não autorizadas’, Luiz Fux entende que, ‘à medida que cresce a notoriedade da pessoa, diminui-se a sua reserva de privacidade’”, dada sua evidente ideia de proporcionalidade inversa, ou seja, quanto mais aumenta a notoriedade de uma pessoa, menor sua reserva de privacidade.

Alguns gramáticos, como Evanildo Bechara, Celso Cunha e Napoleão Mendes desaprovam o uso de "na medida que" e "na medida em que", argumentando que não há registro histórico dessas formas na língua. Mas o fato é que esta construção já se tornou rotineira e, como a língua não é uma entidade estanque e imutável, deve ser considerada.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

HAVER / HAVIA

Ouvi um senador dizer, em entrevista, a seguinte frase: “Se haver alguma dúvida sobre a maioria do governo no Senado, ela desapareceu”. Está correta?

Não. Sua Excelência equivocou-se no uso dos tempos e modos verbais.

Veja que a conjunção “se”, que inicia a frase, instaura uma cláusula dubitativa, de improbabilidade. Nesse caso, o verbo “haver” deveria estar no pretérito imperfeito do indicativo “havia” e a frase correta seria “Se havia alguma dúvida sobre a maioria do governo no Senado, ela desapareceu”.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O MORAL / A MORAL

Existe alguma diferença em se falar "A moral" e "O moral"?

A palavra “moral” pode ser masculina ou feminina, dependendo do sentido que assume contextualmente.

A moral – substantivo feminino – é o conjunto das normas de conduta de uma sociedade. Tem a ver com os valores éticos que regem os costumes e que são convencionados como válidos.

·    Satisfazer necessidades fisiológicas em via pública é um desrespeito à moral e aos bons costumes.

A moral também pode significar o propósito de algum relato.

·    Qual é a moral da história? Isto é, que ensinamento contém a história?

O moral – substantivo masculino – diz respeito ao ânimo, à disposição e ao estado de espírito das pessoas no enfrentamento e na solução de um dilema ou dificuldade.

·    O moral da equipe estava baixo depois da goleada que levou.

·    O time argentino não teve moral para voltar a campo.

·    A polícia fez uso de bombas de efeito moral para debelar o tumulto.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

AFIM / A FIM

Está correta a frase: “A medida provisória afim de dificultar as aposentadorias foi aprovada”?

Não.

Afim é adjetivo de dois gêneros e significa afinidade, parentesco, semelhança. “Não há qualquer afinidade entre nós”.

Corrige-se com o uso de “a fim”. Locução prepositiva com o significado de finalidade, determinação, propósito. “A medida provisória, a fim de dificultar as aposentadorias, foi aprovada”. Seria conveniente deixar entre vírgulas a sequência “a fim de dificultar as aposentadorias”. 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

QUERER / QUERO / QUEIRA

O emprego do modo verbal está correto na frase: “pode ser que, daqui a três anos eu quero fazer outra coisa”?

A frase expressa uma possibilidade de ocorrência futura. O modo verbal a ser usado em tais circunstâncias é o subjuntivo: “pode ser que, daqui a três anos eu QUEIRA fazer outra coisa”.

terça-feira, 26 de maio de 2015

PÓS-PAGO / PÓS-PAGOS

Como é o plural de “plano pós-pago”?

A palavra "pago" é um particípio com valor adjetival, ou seja, vale um adjetivo e, por isso, concorda em gênero e número com o substantivo plano/planos.


Plano pós-pago / planos pós-pagos.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

MANDATO ou MANDADO

Quando usar “mandado” e “mandato”?

São palavras parônimas, isto é, são parecidas na pronúncia e na grafia, mas nada têm a ver quanto ao significado.

Mandado é uma ordem emitida por quem de direito. Os dicionários registram os seguintes significados:

1. Ato de mandar. 2. Determinação escrita mandada de superior a inferior. 3. Ordem ou despacho escrito de autoridade judicial ou administrativa. 4. Recado, incumbência.

Mandato é uma autorização concedida a alguém para, durante um certo período de tempo, exercer determinada atividade ou ação. São dicionarizados os seguintes significados:

1. Autorização ou procuração que alguém confere a outrem para, em seu nome, praticar certos atos. 2. Delegação. 3. Poderes que os eleitores conferem aos governantes, deputados, senadores e vereadores para representá-los.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

MILITAR DE ALTA PATENTE

Pode-se usar o termo “Militar de alta patente”?

O substantivo feminino "patente" tem vários significados e um deles é o de "título correspondente ao posto a que o militar ascende". Isso posto, é perfeitamente normal que se designem as "altas", "médias" ou "baixas" patentes.

Os oficiais subalternos (1ºs e 2ºs tenentes) são oficiais de "baixa patente"; os capitães são os oficiais intermediários e são, por conseguinte, de "média patente"; os majores, tenentes-coronéis e coronéis compõem o quadro dos oficiais superiores: são de "alta patente".

Restam os generais, que formam um quadro à parte nas organizações militares, já que nem todos têm acesso, mesmo com a formação adequada dependem da escolha do presidente da República. É, praticamente, um cargo de nomeação política.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

EVACUAR

No texto “Após o tumulto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu a sessão e determinou à Polícia Legislativa que evacuasse as galerias”, está correta a regência do verbo “evacuar”?

O dicionário de regência verbal de Francisco Fernandes ensina que esse verbo pode ser usado como “transitivo direto” ou como “intransitivo”, com os significados de expelir, fazer sair do corpo, esvaziar, sair de algum lugar.

    1)   Os confederados evacuaram as posições.
    2)   O remédio fê-lo evacuar copiosamente.
    3)   Com o tratamento, evacuaram-se os humores.

A regência, pois, está corretíssima. Seria trágico se o presidente determinasse que a Polícia Legislativa “evacuasse NAS galerias”. 

MICRO-ONDAS / MICROCOSMOS

Por que existe hífen em micro-ondas e não em microcosmos?

São duas situações distintas. No primeiro caso, o prefixo “micro” junta-se a uma palavra que se inicia pela vogal [o]; no segundo, o mesmo prefixo está aplicado a uma palavra que se inicia pela consoante [c].

Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen, se o segundo elemento começar pela mesma vogal ou pela letra [H].

Assim, escrevemos “autodidata”, “auto-observação”, “antirrábico”, “antiético”, “micro-ondas”, “autoclave”, “autopiedade”, “anti-higiênico”, “antígeno”, “auto-hipnose”, “auto-homenagem”, “anteontem”, “antiabortivo”, “monocromático”, “micronutriente”.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

PASSADO DO VERBO "IMPOR"

Um figurão da política fez essa afirmação: "Isso fez toda a diferença, nossa estratégia foi expor (plano) ao Brasil, dissemos com antecedência o que iria acontecer e não impomos regras aos salários, criamos a URV e depois mudamos a moeda”. Está correto o uso do verbo pôr em “impomos as regras”?

O texto está se referindo a fatos pretéritos. Prova disso são os verbos “fez”, “foi expor”, “dissemos”, “iria acontecer”, “criamos”, “mudamos”. Para haver coerência temporal, o verbo “impor” deveria, também, estar no pretérito: impusemos.

Não impusemos as regras.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

LEMBRAR - LEMBRAR-SE

Em "A novela que eu mais me lembro, que eu mais gostei, foi Tieta (1989). Eu lembro da novela inteira como se fosse ontem. É impressionante", está correta a regência dos verbos “lembrar” “gostar”?

Não. No trecho, a regência verbal está completamente equivocada.

Os verbos nocionais, como lembrar, avisar, esquecer, se construídos com os pronomes oblíquos átonos (me-te-nos-vos-o(s)-a(s)-se), exigem que o outro complemento, se houver, venha regido da preposição “de”.

O verbo “gostar” rege preposição “de”.

A novela de que eu mais me lembro, de que eu mais gostei, foi Tieta (1989). Eu lembro a novela inteira como se fosse ontem.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

DUPLA NEGATIVA

Posso usar a dupla negativa em frases como: "Não vão colocar nunca uma rolha na imprensa, isso é conversa."?

Muito se tem falado e escrito acerca da (in)conveniência do uso da “dupla negativa”. Para consumo próprio, tenho sempre em mente que a língua não é um fato isolado e engessado nas regras de um passado já distante e que também não pode ser abastardada com modismos injustificados. Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar!...

Além disso, não se pode esquecer de que a linguagem literária diverge da linguagem técnica, como a utilizada, por exemplo, na filosofia e na ciência. Ainda que, no registro informal, encontrem-se orações construídas com falhas lógicas, isto não arreda o fato de que negar uma negação é afirmá-la.

No registro formal culto, no qual é exigido que se observem as normas gramaticais, é conveniente que a formulação das frases seja escoimada de imperfeições que impossibilitam o entendimento e a lisura dos significados.
Considero, pois, que a frase da consulta ficaria melhor construída como: “Jamais colocarão uma rolha na imprensa, isso é conversa”.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

DISCRETO / DISCRIÇÃO / DISCREÇÃO

Discreto dá origem a “discreção ou discrição?

O adjetivo discreto qualifica pessoa reservada em seu comportamento social.  É também uma pessoa modesta, ou que consegue se distinguir sem se esforçar em se fazer notar. Muita gente diz dessas pessoas que se trata de alguém dotado de discreção. Tal palavra, contudo, mesmo tão usada, não existe.

A forma correta da nominalização de “discreto” é discrição

terça-feira, 21 de abril de 2015

COMUNICOU-LHES / COMUNICOU-OS

Vi a nota abaixo em um jornal e pareceu-me que a predicação verbal do termo sublinhado não está correta.
“Parlamentares ficaram confusos ao receber a visita de um procurador do gabinete de Rodrigo Janot que os comunicou que a Procuradoria-Geral da República iria convocá-los a depor”.
Realmente está incorreto. Observe-se que o verbo “comunicar” está construído com dois objetos diretos: o pronome oblíquo átono “o” e a oração “a Procuradoria-Geral da República iria convocá-los a depor”, quando deveria estar com um objeto direto e outro, indireto.
Podemos dizer que “quem comunica, comunica algo (objeto direto)a alguém (objeto indireto)”. Daí, a frase correta é:
“Parlamentares ficaram confusos ao receber a visita de um procurador do gabinete de Rodrigo Janot que lhes comunicou que a Procuradoria-Geral da República iria convocá-los a depor”.

O pronome oblíquo átono “o(s)” não exerce a função de objeto indireto.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

NO QUAL / NA QUAL / NOS QUAIS / NAS QUAIS

Tenho dúvida sobre a concordância nominal do pronome relativo “na qual”, na fase: “A empresa contratada só poderá oferecer um tipo de serviço NA QUAL seja especializada”.

Os pronomes relativos devem concordar em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) com o nome a que se referirem. Na frase citada na consulta, o pronome relativo “na qual” tem como referente o substantivo “serviço”, devendo, por conseguinte, ficar no masculino plural.

“A empresa contratada só poderá oferecer um tipo de serviço NO QUAL seja especializada”.

terça-feira, 14 de abril de 2015

UM QUILO E MEIO FOI / FORAM APREENDIDO(S)

Na oração “Um quilo e meio de cocaína foi apreendido / foram apreendidos”, a concordância verbal deve ser feita com o verbo no singular ou no plural?

Concordância com números fracionários - De regra, a concordância é feita com o numerador:

Um terço dos alunos faltou.
Dois terços dos alunos faltaram.

Quando o sujeito é um número fracionário misto, a concordância é feita com o numeral da parte inteira:

Um quilo e meio de cocaína foi apreendido.
Dois quilos e meio de cocaína foram apreendidos.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

NEGAM-NO / NEGAM-LHE

Nas frases seguintes, o verbo está acompanhado de pronomes diferentes. Estão certas? “Indagados sobre o assalto, os meliantes negam-no peremptoriamente”. “Fez vários requerimentos, mas sempre negam-lhe atendimento”.

Estão corretas.

Na primeira delas, o pronome oblíquo “o” exerce a função sintática de objeto direto do verbo “negar”. Na posição proclítica, esse pronome ganha o fonema /n/, por uma questão de eufonia. Fica muito mais agradável a pronúncia de “negam-no” que simplesmente “negam-o”. A linguística explica isso, como resultante da assimilação da nasalidade do fonema anterior.

Na segunda frase, o substantivo abstrato “atendimento” é o objeto direto e o pronome oblíquo “lhe” é o objeto indireto. O verbo “negar”, no caso, é um transitivo-relativo, isto é, está construído com objeto direto (atendimento) e indireto (lhe) simultaneamente.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

NEGÁ-LO / NEGAR-LHE

Esse "negar-lhe" está correto? "Soubemos que um homem teria sido assassinado a facadas por um morador de rua, em Sobradinho, depois de negar-lhe esmola."

De repente me veio a dúvida se eu deveria retirar o [r] do infinitivo, como fazemos com "pegá-la", "beijá-la", "agarrá-la".

A expressão está absolutamente correta.

A eliminação do -r do infinitivo ocorre quando os pronomes oblíquos “o-os-a-as” são pospostos. Suprime-se o [-r] do infinitivo e acrescenta-se um [l+] ao pronome.

Distingui-lo; atribuí-los; devolvê-la; distribuí-las; amá-lo; concluí-los; revê-la; traduzi-las; reproduzi-lo...

Como se percebe, as formas resultantes devem obedecer às regras de acentuação gráfica vigentes.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

USO DO HÍFEN COM PREFIXOS

Usa-se o hífen em “creme (anti) rugas”? Como se escreve?

Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por R ou S. Nesse caso, duplicam-se essas letras.

Antirrábico; antirracismo; antirreligioso; antirrugas; antissocial; biorritmo; contrarregra; contrassenso; infrassom; microssistema; minissaia; neorrealismo; neossimbolista; ultrarresistente; ultrassom.

terça-feira, 31 de março de 2015

MARCA ATINGIDA: 150.000 CONSULTAS

Atingimos a marca de 150.700 consultas ao blog. Isso é uma grande vitória em nossa meta de ajudar as pessoas com dificuldades no uso da Língua Portuguesa. Estou muito orgulhoso de meu trabalho!!!

TAPAR ou TAMPAR?

Os verbos tapar e tampar existem na língua portuguesa. São palavras sinônimas e ambas estão corretas. Os seus significados são similares, mas, como em todo par de sinônimos, podem-se estabelecer situações em que se usa uma ou outra.

Tampar significa fechar alguma coisa com uma tampa ou um tampo. Tampar a garrafa, a panela, o vaso (colocar-lhes uma tampa ou tampo). Exemplos:
  • Ele tampou a panela do arroz.
  • Eu tampei a garrafa para a bebida não perder o gás.

Tapar tem uma significação mais abrangente. Significa tampar, fechar, (em)cobrir, vedar, esconder, ocultar, murar, calar, vendar, preencher, sem que, necessariamente, se use uma tampa. Pode ainda significar suprir uma falta ou remediar uma situação.
  • Tive tanto medo que tapei os olhos. (cobrir)
  • Tape sua boca para você não se dar mal! (fechar)
  • Preciso chamar alguém para tapar as falhas da grade. (suprir uma falta)
  • Esse discurso serve para tapar o sol com a peneira.
  • A polícia tapou o túnel feito pelos prisioneiros.

quinta-feira, 26 de março de 2015

BANALIZAR / ANALISAR

Por que se escreve “banalizar”, com a letra [Z] e “analisar”, com a letra [S]?

O sufixo formador de verbos incoativos é, normalmente, (-izar), com a letra [Z]. Estão nesse caso palavras como atual / atualizar; canal / canalizar; banal / banalizar; útil / utilizar; agonia / agonizar; árvore / arborizar; fiscal / fiscalizar; civil / civilizar; humano / humanizar; real / realizar; suave / suavizar; hebreu / hebraizar; judeu / judaizar; plebeu / plebeizar.

Caso a palavra formadora possua as letras [is], essas letras permanecerão na grafia do verbo resultante da sufixação: pesquisa / pesquisar; análise / analisar; friso / frisar; liso / alisar; siso / assisar.