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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

CHEGAR EM CASA / CHEGAR A CASA


“Após um dia muito corrido no escritório esta semana, cheguei em casa e a única coisa que eu queria saber era da minha cama”. 

Os verbos “de movimento” — chegar/ir —, no registro culto, regem a preposição “A”.

Por isso em que não se deve dizer ”Vou no banheiro”; “fui no médico”; “cheguei em casa (a sua própria casa)”; “vou no Maracanã”.

Corrija-se para “Após um dia muito corrido no escritório esta semana, cheguei A casa e a única coisa que eu queria saber era da minha cama”. 

Se a palavra "casa" estiver determinada por algum complemento, a crase no " será de regra.


“Após um dia muito corrido no escritório esta semana, cheguei À casa de meus pais e a única coisa que eu queria saber era da minha cama”.




segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

MANTER / MANTIVER


Um jornalista acaba de dizer na TV: “Se o Santos manter o técnico, terá mais chances no próximo campeonato”.

Observe que a frase começa com um “se”, o que caracteriza seu significado como hipotético, provável, possível de acontecer, especulativo. “Se ISSO ocorrer, ENTÃO poderá OCORRER aquilo”.

Nesse caso, o verbo deverá estar, OBRIGATORIAMENTE, no modo subjuntivo, o modo adequado para indicar ação provável ou duvidosa. Assim, o correto é: “Se o Santos mantiver o técnico, terá mais chances no próximo campeonato”.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

BACHARÉIS / EUROPEIA


Explique a diferença da acentuação gráfica entre as palavras BACHARÉIS e EUROPEIA.

O Acordo Ortográfico em vigor aboliu o acento gráfico dos ditongos de base aberta “-éi/-éis”, “-éu/-éus”, quando estiverem em palavras paroxítonas.

Observe que:

BACHARÉIS é palavra oxítona, com a sílaba tônica formada pelas letras “R – E – I – S”. O grupo vocálico “EI” é um ditongo decrescente e o “S” não pode formar sílaba sozinho (toda sílaba apoia-se em uma vogal);

EUROPEIA é palavra paroxítona, com a sílaba tônica formada pelas letras “P – E – I”. O grupo vocálico “EI” é um ditongo decrescente e a última sílaba é formada unicamente pela vogal “A”.

Em razão dessa norma, temos grupos de palavras com ou sem o acento gráfico, como em:

a) carretéis – papéis – anéis – ouropéis – tabaréu – escarcéu – babaréu – céus – chapéus…

b) Cananeia – panaceia – onomatopeia – assembleia – pacapeua – pindopeua...

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

O ALFACE / A ALFACE


Devo dizer “O alface está bem crocante” ou “A alface está bem crocante”?
A segunda opção é a correta. “Alface” é do gênero (gramatical) feminino.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

CONCORDÂNCIA NOMINAL: GOLPE CLARA / GOLPE CLARO


“O novo golpe dos hackers e de seus comparsas fica ainda mais clara pelo estratagema que o acompanha”. (Revista Crusoé)

A Gramática Normativa exige que o adjetivo concorde em gênero (masculino / feminino) e em número (singular / plural) com o nome (substantivo – adjetivo – advérbio) a que se refere. Existem casos especiais que detalham determinadas nuances da concordância nominal, mas a síntese é essa: “nomes andam de mãos dadas com seus modificadores”.

No trecho, retirado da Revista Crusoé, o adjetivo “clara”, no gênero feminino e no número singular, está referindo-se ao substantivo “golpe”, no início da frase, em desacordo, portanto, com a prescrição gramatical.

Corrija-se para: “O novo golpe dos hackers e de seus comparsas fica ainda mais claro pelo estratagema que o acompanha”. (Revista Crusoé)

domingo, 15 de setembro de 2019

PREVILÉGIO ou PRIVILÉGIO?


“A Reforma da Previdência deve acabar com muitos PREVILÉGIOS descabidos”.

A palavra correta é “PRIVILÉGIOS”, bem assim como seus derivados privilegiado, desprivilegiado, privilegiar etc.

“A Reforma da Previdência deve acabar com muitos PRIVILÉGIOS descabidos”.

sábado, 7 de setembro de 2019

BEM-CONHECIDOS – BEM CONHECIDOS


Nossos jornais de circulação nacional tem se esmerado em criticar eventuais falhas linguísticas de alguns políticos mais ou menos em evidência.

Um dia desses encontrei a seguinte notícia em um grande jornal, de uma grande rede de comunicação: “Os nossos bem-conhecidos, mas muitas vezes incompreendidos ancestrais, viveram na Europa e Ásia já há 200.000 anos”.

O hífen está equivocadamente colocado e bastava uma breve consulta ao dicionário, ou a uma gramática recente, ou ao meu blog, para evitar a “barrigada ortográfica”, imperdoável em quem lida com a língua portuguesa profissionalmente.

É aquela velha e conhecida história: o macaco senta-se sobre o próprio rabo para falar mal do rabo do vizinho.