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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

GRAVE - BASTANTE GRAVE - GRAVÍSSIMO


Professor, hoje ouvi uma afirmação que considerei muito estranha. O correspondente de Rede de Televisão Nacional afirmou o seguinte: “O estado de saúde é considerado bastante gravíssimo”... Está certo isso?

O adjetivo “grave” está em seu grau superlativo absoluto sintético: “gravíssimo”. Acrescentar o advérbio “bastante” para aumentar-lhe a intensidade é despropositado e desnecessário. Deve ser o desejo incontido de provocar comoção nos telespectadores, além do razoável...

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

HÁ TEMPOS ATRÁS...


Jornal O Estado de São Paulo — “Estava aqui lembrando um dia específico em que estava voltando da escola... Há cerca de 18 anos atrás...”

Quando se usa o verbo “haver”, com o sentido de “tempo passado”, não se deve usar outro indicador de tempo, como “atrás”, “decorridos”, “passados”. O próprio verbo já contém esse aspecto temporal.

Tal uso configura o vício de linguagem que a estilística chama de “pleonasmo vicioso”...

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

GOSTAR DE ALGUÉM / GOSTAR DE ALGUMA COISA


O Jornal O Globo trouxe esta preciosidade em sua edição de hoje: “Spotify vai permitir que usuários bloqueiem artistas que não gostam em playlists”.
A Regência Verbal é a parte da Gramática que trata das relações entre os verbos e seus complementos. Não é um dos assuntos mais palatáveis do estudo de nossa língua mas também não é um bicho de sete cabeças...
No texto em questão, o verbo “gostar” não teve sua regência respeitada, pois as pessoas “gostam DE alguém/alguma coisa”. É um verbo classificado como “transitivo indireto”, já que seu complemento deve vir sempre antecedido da preposição “DE”.


Há outro detalhe no texto que é preciso apreciar. A ação expressa pela oração “de que não gostam” é uma ação hipotética, pois não se sabe quais os artistas serão ou não bloqueados. Nesse caso, o verbo “gostar” deve ser empregado no Modo Subjuntivo.


sábado, 19 de janeiro de 2019

GRAU DO ADJETIVO


Professor, hoje ouvi uma afirmação que considerei muito estranha. O correspondente de Rede de Televisão Nacional afirmou o seguinte: “O estado de saúde é considerado bastante gravíssimo”... Está certo isso?

O adjetivo “grave” está em seu grau superativo sintético absoluto: “gravíssimo”. Acrescentar o advérbio “bastante” para aumentar-lhe a intensidade é despropositado e desnecessário. Deve ser o desejo incontido de provocar comoção nos telespectadores, além do razoável...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

FUTURO DO PRESENTE / FUTURO DO PRETÉRITO


Uma jornalista e escritora publicou, hoje, em jornal de circulação nacional, artigo, de onde tiramos a passagem: “O jovem que escolher esse modelo abriria mão das garantias da CLT”, discutindo as mudanças que o governo pretende adotar na Previdência Social.

Como tais mudanças ainda estão por ocorrer, fica evidente que o verbo “escolher” contém o aspecto de tempo futuro, já que a “escolha” só poderá ocorrer depois de as mudanças na Previdência se tornarem concretas.

O verbo a seguir, “abriria”, está no futuro do pretérito, isto é, alude a um fato que teria ocorrido no passado, dependendo da ocorrência de outro fato também passado. Essa incongruência torna o estilo paupérrimo e a coerência absolutamente capenga.

Para consertar tudo e tornar o texto inteligível e integrante da língua portuguesa, deve-se mudar para “O jovem que escolher esse modelo abrirá mão das garantias da CLT”, ou seja, usar o verbo no futuro do presente.

REVISÕES EM GERAL

FAÇO REVISÃO ORTOGRÁFICA, GRAMATICAL, SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA DE TCCS; DISSERTAÇÕES E TESES.


FORMATAÇÃO ABNT E APA.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

MANTEREM / MANTIVESSEM


Professor! Olha essa!

Um jornal de circulação nacional publicou, hoje, 28/12/2018, a notícia de onde foi retirado este trecho: “Se Temer sabia que o empresário pagava uma mesada para que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o operador Lúcio Funaro, ambos presos na Lava Jato, se manterem calados....”.

Parece que o autor do texto “matou” a aula em que o professor ensinou a conjugar o verbo “manter” no pretérito imperfeito do subjuntivo, bem como quando empregá-lo.

O primeiro “SE”, em “Se Temer sabia...” instaura uma dúvida em relação ao que vai ser declarado a seguir: afinal, Temer sabia ou não sabia da mesada?

Quando ocorre tal incerteza sobre a ocorrência da declaração verbal, a Língua Portuguesa usa o verbo no Modo Subjuntivo, o chamado “modo dubitativo”.

Na mesma sequência, o verbo “saber” está no imperfeito do indicativo, isto é, faz uma declaração sobre uma ação situada em um tempo passado indefinido. O verbo da oração consequente (sabia o quê? ...” deve estar no mesmo tempo, no modo subjuntivo, para ajustar-se logicamente ao sentido que se quer expressar: algo que poderia ter ocorrido em um tempo passado indefinido.

Por isso, o correto é: “Se Temer sabia que o empresário pagava uma mesada para que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o operador Lúcio Funaro, ambos presos na Lava Jato, se MANTIVESSEM calados....”.