Comentários sobre o uso prático da língua portuguesa. Resposta a consultas formuladas por frequentadores do Blog.
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domingo, 29 de março de 2015
quinta-feira, 26 de março de 2015
BANALIZAR / ANALISAR
Por que se escreve “banalizar”, com a letra
[Z] e “analisar”, com a letra [S]?
O sufixo formador de verbos incoativos
é, normalmente, (-izar), com a letra [Z]. Estão nesse caso palavras como atual
/ atualizar; canal / canalizar; banal / banalizar; útil / utilizar; agonia / agonizar;
árvore / arborizar; fiscal / fiscalizar; civil / civilizar; humano /
humanizar; real / realizar; suave / suavizar; hebreu / hebraizar;
judeu / judaizar; plebeu / plebeizar.
Caso a
palavra formadora possua as letras [is],
essas letras permanecerão na grafia do verbo resultante da sufixação: pesquisa / pesquisar; análise / analisar; friso / frisar; liso / alisar; siso / assisar.
terça-feira, 24 de março de 2015
INUSITADO / MUITO INUSITADO
A expressão
“muito inusitado” está correta? Eu a ouvi em uma entrevista em que um advogado
disse que “A prisão de meu cliente é um fato muito inusitado, pois não há
provas contra ele”.
O adjetivo “inusitado” significa: não usual;
que não é corrente; que não se usa ou se emprega com frequência; que foge a
padrões costumeiros; incomum, insólito; inabitual.
Meio honesto? A honestidade
existe ou não existe. Ser honesto é como mulher grávida! Qualquer mulher, ou
está grávida ou não está grávida, pois, até hoje, não existe mulher meio grávida,
assim como não existe homem meio honesto.
terça-feira, 17 de março de 2015
ESTABELECE / ESTABELECEM
Tenho
dúvida sobre a correção da concordância verbal no texto: “Ainda que estejam
contaminadas pelas suas inclusões na lista dos que sofrerão inquérito no
Supremo Tribunal Federal, as ações dos presidentes da Câmara e do Senado,
Eduardo Cunha e Renan Calheiros, nas últimas horas, estabelece um divisor de águas nas relações do Congresso com
o governo da presidente Dilma Rousseff, sob liderança do PMDB”.
A
regra básica da concordância verbal é “o verbo concorda com seu sujeito em
número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª).
O núcleo
do sujeito de estabelecer, no
caso acima, é o substantivo plural “ações”.
O verbo deve, necessariamente ir
para a 3ª pessoa do plural.
“...as ações dos
presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, nas últimas
horas, estabelecem um divisor
de águas...“
segunda-feira, 16 de março de 2015
CONSIGO / CONTIGO?
Como e quando devo usar devo usar o
pronome consigo?
Embora alguns portugueses usem de
forma aleatória, a Gramática Normativa estabelece que o pronome “consigo” só
deve ser usado de forma reflexiva, isto é, a ação verbal retorna para o seu
agente.
Vejam por exemplo o trecho a seguir,
retirado de um jornal de grande circulação:
“Isso implica que algo
crucial vem sendo omitido quando se fala dessas guerras e esses veteranos
acabam carregando isso consigo,
frequentemente numa profunda solidão”.
Os “veteranos” carregam
“isso” com eles mesmos.
Quando, porém, estamos falando com
alguém e usamos a 2ª pessoa do discurso, usamos “contigo” para o singular e “convosco” para o plural.
“Estou
falando contigo, menino
malcriado!”
“Ide
e levai convosco toda a esperança
do povo!”
quinta-feira, 12 de março de 2015
CONVENCER DE - CONVENCER A
Um
colunista famoso publicou um artigo com o seguinte trecho:
“É porque o seu
sucesso depende essencialmente da arte política de convencer a sociedade que o ajuste será o mais inteligente possível...”.
A regência
verbal está correta?
Como diria o Prof. Francisco
Fernandes, “convencer alguém de (a) alguma coisa”.
·
Convenceu
os atletas a comer menos
carboidratos.
·
Convenceram
os ouvintes de que o plano
era perfeito.
quarta-feira, 11 de março de 2015
MEDIAM / MEDEIAM
Na fase “Ângela Merkel e François
Holland mediam as
conversações sobre o cessar fogo”, o verbo está corretamente flexionado?
Há um equívoco na flexão do verbo
“mediar”. Usado dessa forma, entende-se que os dois personagens verificam a "extensão” das citadas conversações.
Os verbos irregulares “mediar – ansiar
– remediar – incendiar – odiar” apresentam uma vogal epentética /e/ nas formas
rizotônicas do presente do indicativo e nas formas dele derivadas.
Eu medeio – tu medeias – ele
medeia – nos mediamos – vós mediais
– eles medeiam.
Eu anseio – tu anseias – ele
anseia – nós ansiamos – vós ansiais
– eles anseiam.
Eu remedeio – tu remedeias – ele
remedeia – nós remediamos – vós remediais
– eles remedeiam.
Eu incendeio – tu incendeias –
ele incendeia – nós incendiamos –
vós incendiais – eles incendeiam.
Eu odeio – tu odeias – ele odeia – nós odiamos – vós odiais – eles
odeiam.
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