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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

SE CONSEGUE / SE CONSEGUEM

Professor, na frase “Os resultados da aplicação de algoritmos mostram que se consegue bons resultados em praticamente qualquer situação” a concordância do verbo “conseguir” está correta?

O sujeito da oração é “bons resultados”. O pronome “se” é um “pronome apassivador” e a oração classifica-se gramaticalmente como “passiva sintética”. Pode-se transformá-la, sem qualquer constrangimento, para “bons resultados são conseguidos em praticamente qualquer situação”, quando, então, será classificada como “passiva analítica”.

Logo, a construção está incorreta, pois o verbo deve ir para a 3ª pessoal do plural, concordando com o sujeito desse número e pessoa.
O mesmo acontece em:

Hoje, por cerca de 100 reais, compram-se dispositivos sofisticados de armazenamento ==è Hoje, por cerca de 100 reais, são comprados dispositivos sofisticados de armazenamento.
Vendiam-se apartamentos por um preço bem abaixo do custos de construção. ==è Apartamentos eram vendidos por um preço bem abaixo do custos de construção.

Local onde se armazenariam as mercadorias roubadas. ==è Local onde seriam armazenadas as mercadorias roubadas.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

DIVISÃO SILÁBICA DE HOMOTERAPIA

Professor, como se faz a divisão silábica da palavra “homoterapia”? ho-mo-te-ra-pia ou ho-mo-te-ra-pi-a?
O correto é “ho-mo-te-ra-pi-a”.

Observe-se que em uma sílaba só pode haver uma e só uma vogal. Nos encontros vocálicos (ditongos e tritongos) ocorre uma vogal ladeada por uma (ditongos) ou duas (tritongos) semivogais.

Os fonemas [u] e [i] podem ser vogais ou semivogais, como em “pUlar” / “pIlar” (vogais) e “loUra” / “loIra”, (semivogais) e serão sempre átonos.

Em HOMOTERAPIA, o [i] é tônico, logo é vogal. O [a] final é o centro de uma sílaba átona.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

HAVER / HAVERIAM

Professor, li essa notícia no jornal O Globo e fiquei em dúvida quanto à concordância do verbo “haver”. “Gilmar Mendes disse que uma discussão em plenário, porém, teria dificuldade de fixar uma regra definitiva para o caso de pessoas investigadas que viram ministro porque haveriam nuances em cada caso”.

E sua dúvida procede.

O verbo “haver”, usado com o sentido de “existir”, é impessoal. Isso quer dizer que ele não se flexiona para concordar com o sujeito. Não importa se o sujeito é singular ou plural, simples ou composto, coletivo ou partitivo, o verbo “haver”, nesse caso, ficará sempre na 3ª pessoa do singular.

“Pessoas investigadas que viram ministro porque haveria nuances em cada caso”.