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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

MANTEREM / MANTIVESSEM


Professor! Olha essa!

Um jornal de circulação nacional publicou, hoje, 28/12/2018, a notícia de onde foi retirado este trecho: “Se Temer sabia que o empresário pagava uma mesada para que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o operador Lúcio Funaro, ambos presos na Lava Jato, se manterem calados....”.

Parece que o autor do texto “matou” a aula em que o professor ensinou a conjugar o verbo “manter” no pretérito imperfeito do subjuntivo, bem como quando empregá-lo.

O primeiro “SE”, em “Se Temer sabia...” instaura uma dúvida em relação ao que vai ser declarado a seguir: afinal, Temer sabia ou não sabia da mesada?

Quando ocorre tal incerteza sobre a ocorrência da declaração verbal, a Língua Portuguesa usa o verbo no Modo Subjuntivo, o chamado “modo dubitativo”.

Na mesma sequência, o verbo “saber” está no imperfeito do indicativo, isto é, faz uma declaração sobre uma ação situada em um tempo passado indefinido. O verbo da oração consequente (sabia o quê? ...” deve estar no mesmo tempo, no modo subjuntivo, para ajustar-se logicamente ao sentido que se quer expressar: algo que poderia ter ocorrido em um tempo passado indefinido.

Por isso, o correto é: “Se Temer sabia que o empresário pagava uma mesada para que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o operador Lúcio Funaro, ambos presos na Lava Jato, se MANTIVESSEM calados....”.