Pesquisar este blog

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O QUE É UMA PARÁFRASE?

O QUE É UMA PARÁFRASE?
[Do gr. paráphrasis, pelo lat. paraphrase.]

1. Desenvolvimento do texto de um livro ou de um documento conservando-se as ideias originais; metáfrase.

2. Tradução livre ou desenvolvida.
Recurso dos mais produtivos no desenvolvimento das habilidades na língua escrita, a paráfrase não consiste em mera imitação, mas em apoiar-se em modelos confiáveis que mostram o caminho correto e a forma adequada.

Muitos autores famosos usaram (e usam) a paráfrase para criar obras que ficaram famosas e, em alguns casos, superam o original, em beleza e expressividade. É o caso, por exemplo, da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, que motivou inúmeros poetas a também escreverem textos que falavam das saudades da pátria distante.


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

LOCUÇÃO VERBAL COM VERBAL COM VERBO NO INFINITIVO

Em “Denúncias contra pessoas que FINGEM SEREM inocentes” a concordância verbal está correta?

Nas locuções verbais, um dos verbos deve ficar em forma nominal (infinitivo – particípio passado – gerúndio)

Exemplos de locuções verbais com verbo principal no infinitivo:
- Quero descansar um pouco.
- Pode acontecer alguma coisa inesperada.
- Começamos a estudar russo.


Logo, o correto é “Denúncias contra pessoas que FINGEM SER inocentes”.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O VERBO MEDIAR

Em “Querem que a Comissão de Educação medie os entendimentos”, a grafia do verbo destacado está correta?

Os verbos irregulares “mediar – ansiar – remediar – incendiar – odiar” apresentam uma vogal epentética /e/ nas formas rizotônicas do presente do indicativo e nas formas dele derivadas.*

Eu medeio – tu medeias – ele medeia – nos mediamos – vós mediais – eles medeiam.
Eu anseio – tu anseias – ele anseia – nós ansiamos – vós ansiais – eles anseiam.
Eu remedeio – tu remedeias – ele remedeia – nós remediamos – vós remediais – eles remedeiam.
Eu incendeio – tu incendeias – ele incendeia – nós incendiamos – vós incendiais – eles incendeiam.
Eu odeio – tu odeias – ele odeia – nós odiamos – vós odiais – eles odeiam.


* Epêntese: adição de um fonema no interior de uma palavra.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O QUE É INTERTEXTUALIDADE?

A competência em leitura e em produção textual não depende apenas do conhecimento do código linguístico. Para ler e escrever com proficiência é indispensável conhecer outros textos, estar imerso nas relações intertextuais, pois a produção de um texto está sempre ancorada em outro(s) texto(s).

Chama-se intertextualidade a esse “parentesco” que se estabelece entre os textos, decisivo para o processo de compreensão e de decodificação de textos.

Quem lê e compreende um texto é porque é capaz de identificar, de reconhecer, de entender a ligação com outras obras, textos ou trechos. As obras científicas e técnicas – ensaios, monografias, dissertações e teses –, por exemplo, explicitam autores conhecidos e reconhecidos, que validam os pontos de vista apresentados. 

A compreensão de uma charge de jornal de hoje implica o domínio das notícias do dia anterior. 

A leitura de uma obra literária, de qualquer gênero, vislumbra outras obras, muitas vezes de maneira velada.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

SEVICIAR

Posso usar o verbo seviciar para denotar "abusos sexuais"?

Os dicionários registram o termo com o significado de "torturas físicas ou mentais". Aurélio; Houaiss e Priberam não fazem alusão a "abusos sexuais".

Pessoalmente, considero que qualquer tipo de abuso sexual configura "tortura" e aceitaria, em um trabalho acadêmico, essa conotação. 

Em texto jornalístico, entretanto, tendo em vista o público visado, não aconselharia o uso.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

SIGNIFICADO DE "DRACONIANO"

Qual o significado de “draconiano”? Drácon foi um legislador ateniense, que viveu no século VII a.C.

Incumbido pelos atenienses de preparar um código de leis escritas (até então eram orais), Drácon elaborou um rígido código de leis baseadas nas normas tradicionais arbitradas pelos juízes. Ele foi considerado o primeiro a fazer leis para os atenienses.
O código foi elaborado com visão extremamente severa e punia implacavelmente o roubo e o assassinato com a pena de morte. Tal rigidez e severidade fez com surgisse o ermo “draconiano”, com o significado de severidade, rigidez ou drasticidade.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

DE VÍRGULAS E POSSESSIVOS...

Acho que estão faltando algumas vírgulas neste texto: “Na mesma data em que seu irmão Antônio Junqueira Vilela Filho e seu marido Ricardo Viacava tiveram mandados de prisão emitidos na operação Rios Voadores...”.

E você tem razão. Da forma como está fica meio difícil saber quem é marido de quem... Os termos “Antônio Junqueira Vilela Filho” e “Ricardo Viacava” são o que a Gramática chama de “aposto explicativo”, que tem, como o próprio nome indica, a função de explicar o termo a que se refere. Tais apostos devem vir obrigatoriamente isolados por vírgulas. “Seu irmão, Antônio Junqueira Vilela Filho, e seu marido, Ricardo Viacava, ...”.

Além disso, o uso do possessivo “seu” também pode confundir o leitor, levando-o a acreditar que Ricardo Viacava é o marido de Antônio Junqueira, fato nada estranho na modernidade...

Sugiro que o texto seja modificado com a inclusão do advérbio “respectivamente” e a mudança da ordem dos termos. “Na mesma data em que Antônio Junqueira Vilela Filho e Ricardo Viacava, respectivamente seus irmão e marido, tiveram mandados de prisão emitidos na operação Rios Voadores...”.