Comentários sobre o uso prático da língua portuguesa. Resposta a consultas formuladas por frequentadores do Blog.
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sábado, 5 de abril de 2014
quarta-feira, 2 de abril de 2014
MINI-SAIA, MINI SAIA ou MINISSAIA?
Como é a escrita correta?
O Acordo Ortográfico manda escrever sem hífen e com dois
“ss”, quando o prefixo termina em vogal e a palavra seguinte começa com “s”.
Antissemita, hidrossolúvel, homossexual, minissaia,
apossínclise.
sexta-feira, 28 de março de 2014
CONTÊINER / CONTÊINERES
A PALAVRA “CONTAINER” EXISTE NA LÍNGUA PORTUGUESA?
O Dicionário Houaiss Eletrônico registra a forma
aportuguesada “Contêiner”, com o seguinte significado:
Substantivo
masculino. Recipiente de metal ou madeira, geralmente de grandes dimensões,
destinado ao acondicionamento e transporte de carga em navios, trens etc.;
cofre de carga.
O
VOLP, da Academia Brasileira de Letras, confirma a grafia da paroxítona
terminada em [R]. Em razão disso, o plural deve seguir a norma: cadáver /
cadáveres; revólver / revólveres; esfíncter / esfíncteres...
- Na conta, entram seis contêineres e quatro veículos da Polícia Militar completamente destruídos.
- Um contêiner foi transformado em depósito de entorpecentes.
terça-feira, 25 de março de 2014
MUNIÇÃO / MUNIÇÕES
Munição é um substantivo feminino e se
flexiona em número: munição / munições. É preciso atentar para o fato de que na
acepção de "municiamento para armas de fogo", o termo é um coletivo. Então,
se se fizer referência a cartuchos para um mesmo tipo de arma, não poderá haver
plural.
- "A polícia encontrou farta munição em poder dos bandidos" e não "várias munições"...
- "O contrabando de munição para o fuzil AR-15 é um negócio em ascensão no Distrito Federal".
Quando se faz referência a diferentes
tipos de cartuchos, o plural é feito normalmente:
- "O paiol demunições foi pelos ares, nele havia cartuchos para fuzis, revólveres, granadas, obuses e morteiros".
sexta-feira, 21 de março de 2014
TACAR FOGO NO AMBIENTE
É uma expressão popular que expressa o ato de iniciar confusão, atiçar os ânimos, provocar incêndio.
O verbo “tacar” aparece nos dicionários Houaiss e Michaellis apenas com as acepções relacionadas a atirar algo a distância, com ou sem o uso de um taco, ou para servir de rolha em uma garrafa. “Tacou uma pedra no policial”; “Tacaram bem longe os livros e os cadernos”; “Tacar a garrafa com firmeza”.
O dicionário Caldas Aulete acrescenta as acepções de atear fogo e bater: “Tacaram fogo no prédio”; “Tacou a mão na cara do juiz”.
quinta-feira, 20 de março de 2014
POR / PÔR
Na frase “Não me obrigue a por / pôr a culpa em inocentes”,
usa-se o verbo com ou sem o acento gráfico?
“Não me obrigue a pôr a culpa em inocentes”.
O Acordo Ortográfico acabou com a maioria dos acentos
diferenciais, deixando em uso apenas os diferenciais dos verbos “pôr”, “poder”,
“ter” e “vir”:
- Ela pode (presente do indicativo) ficar chateada com a notícia, mas ele não pôde (pretérito perfeito do indicativo) vir a tempo de assistir ao jogo.
- Vou pôr (verbo) todas as minhas crenças de lado por (preposição) causa dessa decepção.
- O trabalhador tem (singular) de trabalhar em dobro para sustentar os que têm (plural) aversão ao trabalho.
- Ele vem (singular) sempre de ônibus, enquanto os demais vêm (plural) de bicicleta.
quinta-feira, 13 de março de 2014
CONSIGO / CONTIGO
Devo dizer
“Preciso falar consigo” ou “Preciso falar contigo”?
Embora eu
já tenha visto o uso do “consigo” não reflexivo em jornais e revistas
portugueses, a Gramática Normativa recomenda seu emprego apenas quando houver
reflexividade.
a)
Pensou consigo mesmo.
b)
Levava consigo a alma atribulada e desvairada
pela paixão.
Quando não
houver a reflexividade e o pronome referir-se à pessoa com quem se fala
(normalmente a 2ª), deve-se usar “contigo”.
a)
Falo contigo amanhã.
b)
A verdade é que deixaram contigo a responsabilidade
de julgar.
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