Pesquisar este blog

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

INCIDENTE – ACIDENTE

São parônimos (parecidos na grafia e na pronúncia) e de significação bem próxima, sem chegar, contudo, à sinonímia.

INCIDENTE – sm.
1.   Evento ou acontecimento imprevisto e desprovido de maior importância (incidente de percurso).
2.   Fato inconveniente ou desagradável (incidente diplomático).
3.   Jurídico. Questão secundária que aparece no desenrolar da demanda principal e que fica a ela vinculada.

ACIDENTE — SM.
1.   Acontecimento imprevisto, inesperado: Plutão foi descoberto por um feliz acidente: um erro de cálculo astronômico.
2.   Acontecimento infeliz, desastroso, que pode causar danos, ferimentos, e até a morte (acidente aéreo); Desastre.
3.   Fato ou circunstância secundária; detalhe: O resultado geral foi satisfatório; há problemas, mas são simples acidentes.

O senso comum recomenda que, se houver prejuízos ou vítimas, deve-se usar ACIDENTE.

1.   A queda da laje da construção foi um acidente de pequenas proporções, provocando, apenas, prejuízos materiais.

domingo, 15 de dezembro de 2013

O PERMITIU / LHE PERMITIU

Na frase “Uma estrutura genética que o permitiu sobreviver à mudança”, o uso do pronome átono antes do verbo “permitir” está correto?

A posição proclítica está perfeita, pois o “que” é um pronome relativo (estrutura genética a qual ...) que obriga a anteposição do pronome oblíquo em relação ao verbo.

O que está equivocado é a escolha do pronome. Dos pronomes oblíquos (me; te; se; lhe(s); nos; vos; o(s); a(s)), os únicos que exercem, exclusivamente, a função de objeto direto são exatamente o(s) e a(s).

Ocorre que a regência do verbo “permitir” exige objeto direto para “coisa” e objeto indireto para “pessoa”: permitir algo a alguém. Dessa forma, preserve-se a colocação pronominal, mas mude-se o pronome de “o” para “lhe”.

“Uma estrutura genética que lhe permitiu sobreviver à mudança”.

MÁ-FORMAÇÃO / MALFORMAÇÃO

Qual é a forma correta: MÁ-FORMAÇÃO / MALFORMAÇÃO / MÁ FORMAÇÃO?

Existe uma polêmica a respeito desse uso por parte de entidades como o CFM, OAB, CNBB etc.
Gramaticalmente, trata-se de formação de palavras por composição, em que os elementos envolvidos mantém sua autonomia fonética, mas o conjunto cria nova entidade semântica. O correto, gramaticalmente, é MÁ-FORMAÇÃO.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

ANTI-HISTAMÍNICO / ANTIHISTAMÍNICO

Sempre que o prefixo for aplicado a uma palavra que se inicia pela letra [H], a grafia é com o hífen.


Anti-histamínico; infra-hepático; super-herói; pré-histórico; pan-helênico.

domingo, 8 de dezembro de 2013

CHEGAR / CHEGO / CHEGADO

Está certa a frase “Tinha ‘chego’ atrasado”?

O verbo “chegar” é regular e da primeira conjugação. Conjuga-se como o verbo “cantar” e não tem duplo particípio, logo a forma “chego”, como particípio passado, não existe.
Presente do indicativo: eu chego / tu chegas / ele chega / nós chegamos / vós chegais / eles chegam. Particípio passado: chegado.

Corrija-se para: “Tinha chegado atrasado”.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

CONCORDÂNCIA NOMINAL: VELHOS / VELHAS

Li a frase “A biblioteca tem livros e revistas velhos” e fiquei em dúvida quanto ao uso do termo “velhos”. Não seria “velhas”?

Temos aqui um caso clássico de concordância nominal optativa. Um mesmo adjetivo – velhos – posposto a dois substantivos de mesmo número e gêneros diferentes – livros e revistas.

A Gramática Normativa determina que, nesses casos, o adjetivo pode concordar no masculino plural (concordância gramatical) ou com o núcleo mais próximo (concordância aproximativa).

Estão corretas, portanto, “A biblioteca tem livros e revistas velhos” e “A biblioteca tem livros e revistas velhas”.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

SUB-SÍNDICO / SUBSÍNDICO

A palavra "subsíndico" é escrita com ou sem o hífen?

Uso do hífen com o prefixo “sub-“?
A regra não sofreu mudanças com o acordo: há hífen se a palavra seguinte começar por “b” ou “r”: sub-base, sub-reptício, sub-raça, sub-reino, sub-reitor…
Restou uma dúvida atroz: como proceder quando a palavra seguinte começar com “h”? A ABL “resolveu” que, nesse caso, o uso do hífen após o prefixo “sub” é facultativo: subumano ou sub-humano, subepático ou sub-hepático.
Conclui-se, portanto, que, diante de palavras começadas por qualquer letra diferente de “h”, “b” e “r”, o prefixo “sub” escreve-se sem hífen: subaquático, subemprego, subeditor, subitem, subchefe, subprefeitura, subsolo, subsecretário, subsíndico…