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quarta-feira, 17 de abril de 2013

É DADA - SEJA DADA

Tenho dúvidas sobre o emprego do verbo ser no presente do indicativo na frase “Não é verdade que a última palavra sobre juros é dada pelo Banco Central, como vem sendo dito reiteradas vezes por algumas autoridades”, que li no jornal O Estado de São Paulo. Não se deveria usar o presente do subjuntivo?

É verdade. O subjuntivo é empregado sempre que se quer expressar uma suposição, um fato não comprovado taxativamente, uma dúvida. Pelo contexto percebe-se que alguém fez uma afirmação sobre quem decide a taxa de juros e tal afirmação é contestada. O correto, então, é dizer: “Não é verdade que a última palavra sobre juros seja dada pelo Banco Central, como vem sendo dito reiteradas vezes por algumas autoridades”.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

RUBRICA

Como se pronuncia e, principalmente, como se escreve "rubrica / brica"?
Como a maioria das palavras de nossa língua – cerca de 75% delas –, essa é uma "paroxítona": apresenta o acento tônico (pronúncia mais forte) na penúltima sílaba.
Escreve-se sem acento gráfico e a pronúncia é rubrica.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

INTERVIU / INTERVEIO

Eu curti, ele curtiu; eu possuí, ele possuiu; eu carpi, ele carpiu; eu intervi… ele interviu? Esse é um erro comum cometido até por pessoas acostumadas com o trabalho textual. Ocorre que o pretérito perfeito (passado) de “intervir”, na terceira pessoa do singular (ele), é “interveio”. Por quê? Porque o verbo “intervir” é derivado do verbo irregular “vir” e o segue no modelo de conjugação.
O passado de “vir”, na terceira do singular, é “ele veio”, que não se confunde com “ele viu”, passado de “ver”, outro verbo irregular.
Os verbos derivados de “vir” e de “ver” se conjugam exatamente como eles. Assim: “provir” e “intervir” vêm de “vir”, portanto “eu vim ...eu provim... ele proveio” e “eu vim ... eu intervim ... ele interveio”; “prever” e “antever” vêm de “ver”, portanto “eu vi ... eu previ...ele previu” e “eu vi ... eu antevi ... ele anteviu”.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

DEIXAR / MANDAR / FAZER + INFINITIVO


Como empregar corretamente a concordância verbal do infinitivo na frase: “As falsas promessas dos candidatos fazem os eleitores votar(rem) em quem não merece confiança”?
A Gramática Normativa define o seguinte: nos períodos compostos, se houver verbo no infinitivo, com sujeito diferente do sujeito do verbo da outra oração, o infinitivo será flexionado.

  • (Eu) Creio (nós) termos sido enganados.
  • (Os professores) lutam para (nós) aprendermos.

Por outro lado, se o sujeito do verbo no infinitivo for o mesmo da oração anterior, o infinitivo não se flexionará.

  • (Nós) Viajamos juntos para (nós) discutir o assunto em profundidade.
  • (Eu) Espero há muito tempo (eu) ganhar na loteria.
No período da consulta, entretanto, temos um dos chamados “verbos causativos”, assim denominados por obrigar seu objeto a fazer ou tornar-se alguma coisa. Normalmente são causativos os verbos deixar, mandar, fazer e seus derivados.
Quando a oração principal constitui-se com um desses verbos causativos, o infinitivo não se flexiona, embora tenha sujeito próprio.

  • A mestra mandou os alunos estudar.
  • O pai desnaturado deixava as crianças passar fome.
  • O feitor fazia os escravos trabalhar duro.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

FOI EU ou FUI EU?

NÃO FOI EU QUE MANIPULOU!
O período apresenta dois erros crassos de concordância verbal:
 
1.      O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa: eu fui / tu foste / ele foi.

2.      Quando o sujeito é o pronome relativo “que”, o verbo deve concordar com o sujeito da frase anterior, ou seja, com o referente do citado pronome relativo: eu manipulei / tu manipulaste / ele manipulou.
Assim, a frase correta é “NÃO FUI EU QUE MANIPULEI!”

quinta-feira, 28 de março de 2013

POR HORA / POR ORA?

O Atlético Mineiro não irá renovar o contrato de Bernard à toa. Em alta no mercado internacional da bola, o jogador mineiro ganhou novos pretendentes nos últimos dias.
Chelsea e Manchester City, da Inglaterra; Milan e Juventus, da Itália, e Bayer Leverkussen, da Alemanha, são, por ora, os principais clubes europeus que sonham com o craque das alterosas.
“Por ora” é diferente de “por hora”. “Hora”, com h, é um intervalo de 60 minutos, enquanto “ora” equivale a “por enquanto” ou “por agora”. É a forma “ora” que integra a expressão “por ora”.
Pode-se dizer, por exemplo, que um pedreiro recebe R$25,00 por hora de trabalho e que, por ora, não há previsões de aumento dessa remuneração.

segunda-feira, 25 de março de 2013

ESTADA / ESTADIA


Qual a diferença entre “estada” e “estadia”?

Estadia é a permanência de um veículo (navio, caminhão, avião etc.) em um terminal de cargas.
 
  • O pagamento de estadias prolongadas em nossos portos encarece o preço das exportações.

A permanência de uma pessoa em algum lugar é estada.
 
  • Nossa estada em Los Ângeles foi ótima.