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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

SALÁRIO-MÍNIMO ou SALÁRIO MÍNIMO

A palavra “salário-mínimo” é escrita com ou sem o hífen?

Com o hífen. O “Acordo Ortográfico” recomenda, textualmente:

“Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva.”

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

ADERIU / ADERIRAM

Como faço a concordância verbal com o sujeito “O número de contribuintes que (aderir) ao programa nota legal.”?

Você pode fazer a concordância gramatical (preferencial), em que o verbo concorda com o núcleo do sujeito (número):

  • O número de contribuintes que aderiu ao programa nota legal.

Ou fazer, opcionalmente, a concordância atrativa (ideológica), em que o verbo concorda com o complemento (de contribuintes):

  • O número de contribuintes que aderiram ao programa nota legal.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

CONCLUSÃO QUE / CONCLUSÃO DE QUE?

Como devo escrever a frase “Cheguei à conclusão de que não havia importância...” ou “Cheguei à conclusão que não havia importância...”?
 

A 2ª oração, “que não havia importância...” completa o sentido do substantivo “conclusão”, no final da oração anterior. Tal relação completiva é materializada por meio da preposição. Diríamos: “Quem chega à conclusão, chega à conclusão DE alguma coisa”.

A frase correta, do ponto de vista gramatical, é, portanto, “Cheguei à conclusão de que não havia importância...”.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

POR QUE / PORQUE


No período “A Secretaria de Saúde não soube informar por que os médicos escalados para o plantão não apareceram para trabalhar.” A grafia de “por que” está certa?

Certíssima. Veja que se poderia dizer: "... não soube informar A RAZÃO PELA QUAL ou O MOTIVO PELO QUAL os médicos...". Quando a expressão "por que" tem esse significado, deve ser escrita separadamente.

Seria escrita sem a separação se fosse usado "o porquê" "... não soube informar o porquê de os médicos..."

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

ESQUECER ISSO / ESQUECER DISSO

Está correta a regência verbal em “Havia esquecido completamente disso”?
 
Os verbos esquecer e lembrar podem ser usados com ou sem pronomes oblíquos átonos (me – te – se – lhe(s) – nos – vos – o/os – a/as). Desses pronomes, o único que, como complemento verbal, serve exclusivamente de objeto indireto é o “lhe”.
Quando usamos tais verbos, acompanhados de pronomes oblíquos átonos, que não seja o “lhe(s)”, devemos usar a preposição antes de outro complemento verbal, se houver.
  • Lembrei-os do ocorrido. =è Lembrei-lhes o ocorrido.
  • Esquecemo-nos de pagar a conta.
  • Esqueceu-se de mim.
Assim, a frase correta é “Havia esquecido completamente isso” está incorreta, pois “disso” = “de + isso”.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

PEGO / PEGADO?

É correto o uso do particípio irregular em “Isso porque, de tão bons, jamais serão pegos”?

Está correto. A gramática normativa ensina que os particípios regulares devem ser usados com os verbos auxiliares ter e haver; os irregulares, com os auxiliares ser e estar.
Exemplos: Particípio regular – voz ativa 
  • Eu tenho pegado muitos peixes neste poço.
  • Ela havia pegado um terrível resfriado.
Particípio irregular – voz passiva
  • Os folhetos foram impressos na gráfica clandestina.
  • Os prefeitos estão eleitos e nada mais há a fazer.

domingo, 30 de dezembro de 2012

É QUE ou É DE QUE?

Está correta a frase “A suspeita é de que os reféns estejam escondidos em uma mata”?
Nessa frase, a preposição de não deve ser usada.

Oração subordinada substantiva predicativa é aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal. Vem introduzida pelas conjunções subordinativas integrantes que/se. Nesse caso, o verbo que antecede a conjunção subordinativa é um verbo de ligação.

Exemplos:
Meu desejo seria que se convocassem todos.
1ª oração: Meu desejo seria → oração principal.
2ª oração: que se convocassem todos. → oração subordinada substantiva predicativa.
Nossa esperança era que nos dessem um aumento salarial.
1ª oração: Nossa esperança era → oração principal.
2ª oração: que nos dessem um aumento salarial. → oração subordinada substantiva predicativa.
Na frase da consulta,
A suspeita é que os reféns estejam escondidos em uma mata.
1ª oração: A suspeita é → oração principal.
2ª oração: que os reféns estejam escondidos em uma mata → oração subordinada substantiva predicativa