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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

CONCLUSÃO QUE / CONCLUSÃO DE QUE?

Como devo escrever a frase “Cheguei à conclusão de que não havia importância...” ou “Cheguei à conclusão que não havia importância...”?
 

A 2ª oração, “que não havia importância...” completa o sentido do substantivo “conclusão”, no final da oração anterior. Tal relação completiva é materializada por meio da preposição. Diríamos: “Quem chega à conclusão, chega à conclusão DE alguma coisa”.

A frase correta, do ponto de vista gramatical, é, portanto, “Cheguei à conclusão de que não havia importância...”.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

POR QUE / PORQUE


No período “A Secretaria de Saúde não soube informar por que os médicos escalados para o plantão não apareceram para trabalhar.” A grafia de “por que” está certa?

Certíssima. Veja que se poderia dizer: "... não soube informar A RAZÃO PELA QUAL ou O MOTIVO PELO QUAL os médicos...". Quando a expressão "por que" tem esse significado, deve ser escrita separadamente.

Seria escrita sem a separação se fosse usado "o porquê" "... não soube informar o porquê de os médicos..."

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

ESQUECER ISSO / ESQUECER DISSO

Está correta a regência verbal em “Havia esquecido completamente disso”?
 
Os verbos esquecer e lembrar podem ser usados com ou sem pronomes oblíquos átonos (me – te – se – lhe(s) – nos – vos – o/os – a/as). Desses pronomes, o único que, como complemento verbal, serve exclusivamente de objeto indireto é o “lhe”.
Quando usamos tais verbos, acompanhados de pronomes oblíquos átonos, que não seja o “lhe(s)”, devemos usar a preposição antes de outro complemento verbal, se houver.
  • Lembrei-os do ocorrido. =è Lembrei-lhes o ocorrido.
  • Esquecemo-nos de pagar a conta.
  • Esqueceu-se de mim.
Assim, a frase correta é “Havia esquecido completamente isso” está incorreta, pois “disso” = “de + isso”.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

PEGO / PEGADO?

É correto o uso do particípio irregular em “Isso porque, de tão bons, jamais serão pegos”?

Está correto. A gramática normativa ensina que os particípios regulares devem ser usados com os verbos auxiliares ter e haver; os irregulares, com os auxiliares ser e estar.
Exemplos: Particípio regular – voz ativa 
  • Eu tenho pegado muitos peixes neste poço.
  • Ela havia pegado um terrível resfriado.
Particípio irregular – voz passiva
  • Os folhetos foram impressos na gráfica clandestina.
  • Os prefeitos estão eleitos e nada mais há a fazer.

domingo, 30 de dezembro de 2012

É QUE ou É DE QUE?

Está correta a frase “A suspeita é de que os reféns estejam escondidos em uma mata”?
Nessa frase, a preposição de não deve ser usada.

Oração subordinada substantiva predicativa é aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal. Vem introduzida pelas conjunções subordinativas integrantes que/se. Nesse caso, o verbo que antecede a conjunção subordinativa é um verbo de ligação.

Exemplos:
Meu desejo seria que se convocassem todos.
1ª oração: Meu desejo seria → oração principal.
2ª oração: que se convocassem todos. → oração subordinada substantiva predicativa.
Nossa esperança era que nos dessem um aumento salarial.
1ª oração: Nossa esperança era → oração principal.
2ª oração: que nos dessem um aumento salarial. → oração subordinada substantiva predicativa.
Na frase da consulta,
A suspeita é que os reféns estejam escondidos em uma mata.
1ª oração: A suspeita é → oração principal.
2ª oração: que os reféns estejam escondidos em uma mata → oração subordinada substantiva predicativa

 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

USO DE "O MESMO"


É apropriado o uso de “o mesmo” na expressão “antes de tomar o elevador, verifique se o mesmo está neste andar”?

Esse vocábulo – mesmo – tem diferentes usos na língua. Pode ser adjetivo, pronome demonstrativo, advérbio e substantivo. Em nenhuma dessas funções morfológicas, contudo, pode substituir os pronomes pessoais retos. Na frase da consulta, é mais formal o uso do pronome pessoal “ele”:

“Antes de tomar o elevador, verifique se ele está neste andar.”

domingo, 23 de dezembro de 2012

FUTURO DO SUBJUNTIVO

Há algum erro no emprego do modo verbal em “Se eu ‘ver’ você por aí...”?

A conjunção subordinativa “SE”, que inicia a frase, instaura uma circunstância de probabilidade da ocorrência da ação. Tal circunstância deve ser expressa com o uso do verbo no futuro subjuntivo. Esse tempo verbal é derivado da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (eles viram).
Se eu vir; se tu vires, se ele vir, se nós virmos, se vós virdes, se eles virem.
Da mesma forma: Se eu vier (de vir), se me convier; se eu tiver (de ter), se eu mantiver; se ele puser (de pôr), se eu impuser; se ele fizer (de fazer), se ele desfizer; se nós dissermos (de dizer), se nós predissermos.