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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

CHEGAR A / CHEGAR EM

Devo dizer “Chegará em Brasília na próxima semana” ou “Chegará a Brasília na próxima semana”? É uma questão de diferença entre a norma culta e a coloquial?
 
RESPOSTA –
 
O problema aqui é de regência verbal. Verbos de movimento (chegar, vir, ir), com sentido de aproximar-se, exigem complemento regido pela proposição "a". O uso da preposição "em" está incorreto tanto no registro formal quanto no coloquial.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O GRAMA / A GRAMA

CONSULTA —

Escrevi a frase “Vendeu uma grama de ouro” e um amigo me corrigiu, dizendo que está errada. O que está errado?

RESPOSTA –

Grama – peso – é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas.

Os múltiplos e submúltiplos de grama também são masculinos: um miligrama. Vinte e dois decigramas. Trezentos e quarenta e um hectogramas.

Grama – gramínea, relva – é palavra feminina: A grama fica viçosa nesta época. Preciso aparar a grama no próximo fim de semana.

sábado, 31 de dezembro de 2011

"HÁ DEZ ANOS ATRÁS"


CONSULTA –

O que há de errado na frase "Há dez anos atrás"?

RESPOSTA –

O verbo “haver” já está indicando “tempo decorrido”, logo o uso do advérbio “atrás” é dispensável. Use um ou outro, nunca os dois juntos.

·        Há dez anos.
·        Dez anos atrás.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Como se pronuncia GRATUITO?


CONSULTA –

Como é a pronúncia correta: “gratuito ou gratuito”?

RESPOSTA –
 
A pronúncia correta é gratuito, assim como circuito, intuito e fortuito (não há o acento gráfico nessas palavras). Da mesma forma: fluido (subst.), fluído (verbo), condor, recorde, avaro, ibero, ruim.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

EDITOR CHEFE ou EDITOR-CHEFE?


CONSULTA –
Existe hífen na palavra “editor chefe”?

RESPOSTA –
Para início de conversa, vamos esclarecer que o “editor chefe” é um cargo diferente do “editor” e do “chefe”. Assim, para designá-lo, cunhou-se uma nova palavra constituída de duas outras já existentes na língua. Esse procedimento linguístico é conhecido como composição por justaposição.

Portanto, “editor chefe” É uma palavra composta por justaposição.

A base XV do Acordo Ortográfico diz o seguinte:
Base XV
Do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares
1º) Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva.
Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista.
  • Observe, por favor, os termos destacados. São absolutamente semelhantes a EDITOR-CHEFE e EDITOR-EXECUTIVO. O mesmo deve ocorrer com secretário-geral, secretário-executivo, e outros de formação idêntica.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

CONSULTA – FALTA/FALTAM


CONSULTA –

Qual das duas frases está correta:
     1. Falta pouco mais de dois anos e meio para a copa.
      2.  Faltam pouco mais de dois anos e meio para a copa?

RESPOSTA –

Embora dois gramáticos antigos (Júlio Ribeiro e Carlos Pereira) ensinassem a concordância com o verbo no singular, modernamente prefere-se a concordância gramatical, isto é, o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Falta um dia para a estreia. Faltam dois dias para a chegada da delegação.

Creio que a consulta prende-se ao fato de que o verbo “fazer”, quando empregado em relação a tempo ou temperatura, adquire o caráter de impessoal, ficando sempre na 3ª pessoa do singular.
     1.   Faz um ano que ela chegou da Europa.
     2.   Faz dois anos e meio que ela chegou da Europa.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

USO DO SUBJUNTIVO


CONSULTA – 

Qual das duas construções está correta?
1.   Suspeita-se de que ele foi vítima de calúnia.
2.   Suspeita-se de que ele tenha sido vítima de calúnia.

RESPOSTA – 

A dúvida reside, obviamente, no emprego da forma verbal no subjuntivo. Ora, semanticamente, o verbo “suspeitar” instaura a sentimento de dúvida e quando há dúvida, incerteza quanto à realização da ação descrita pelo verbo, o emprego do subjuntivo é o de regra.

Em “foi vítima” temos o emprego do pretérito perfeito do indicativo. Há, portanto, certeza da ocorrência da calúnia, negando o que o verbo “suspeitar” no início da frase faz supor.

Para haver perfeito paralelismo semântico e gramatical, a locução “tenha sido”, pretérito perfeito do subjuntivo, é a indicada.