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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

SE INVESTIGUE / SE INVESTIGUEM


Professor, a concordância desta frase está correta? “Desde que não se investigue os crimes cometidos durante a ditadura”.

Não. Esse equívoco é recorrente (ocorre repetidamente) em razão dos valores que a partícula “se” pode assumir na língua formal. No caso a valor é de “pronome apassivador”, formando a voz passiva sintética.

Sempre que se depara com essa dúvida, Tente transformar a “voz passiva sintética” em “voz passiva analítica” =è“Desde que não se investigue os crimes cometidos durante a ditadura” / “Desde que não sejam investigados os crimes cometidos durante a ditadura”.

A passiva sintética pôde (o acento diferencial é mantido) ser transformada em passiva analítica, mas a concordância verbal mudou.

Regra: na voz passiva, analítica ou sintética, o verbo deve concordar normalmente com seu sujeito. Logo, o correto é: “Desde que não se investigueM os crimes cometidos durante a ditadura”

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

CONCORDÂNCIA VERBAL NA VOZ PASSIVA SINTÉTICA

Li esse texto na coluna da jornalista Miriam Leitão, no jornal O Globo e fiquei em dúvida quanto ao uso da voz passiva sintética com o verbo “detectar”.

Detectou-se várias propriedades sendo usadas em atividades diferentes das atribuições da entidade.”

Na voz passiva sintética, o verbo deve concordar normalmente com seu sujeito. Qual é o sujeito do verbo na frase?

“Detectou-se várias propriedades” =è transformando-se para voz passiva analítica =è “Várias propriedades foram detectadas”. 

Logo, o uso correto é “Detectaram-se várias propriedades sendo usadas em atividades diferentes das atribuições da entidade.”

ELE CONCORDA / ELE DISCORDE

Li este texto no Jornal O Estado de São Paulo e fiquei em dúvida quanto à correção do emprego do verbo “discordar”.

“Depreende-se então que, para esse magistrado, a jurisprudência formada por decisão colegiada da qual ele discorda simplesmente não vale”.

Pelo contexto, percebe-se que o magistrado em questão apenas considera válidas aquelas decisões colegiadas com as quais ele concorda e inválidas as demais. Então há uma cláusula dubitativa! Não são todas as decisões consideradas válidas, mas quais são elas? Todas as vezes que o texto instaura uma cláusula desse tipo, devemos usar o verbo no Modo Subjuntivo, ajustado ao tempo e à pessoa da ação verbal.

Que eu concorde; que tu concordes; que ele concorde; que nós concordemos; que vós concordais; que eles concordem.

“Depreende-se então que, para esse magistrado, a jurisprudência formada por decisão colegiada da qual ele discorde simplesmente não vale”.