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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

PRECONCEITO ou PRÉ-CONCEITO?

A palavra "preconceito" já existia no Latim, "praejudicium", com o mesmo significado que tem hoje: "julgamento feito antecipadamente" e suas variações. Ela já veio pronta para nós, falantes da Língua Portuguesa e essa é a razão por que deve ser escrita sem o hífen.

O uso com o hífen "pré-conceito", às vezes também como "(pré)conceito", para indicar um processo de raciocínio que precede a formulação de um conceito, não me parece razoável, tendo em vista o entendimento dúbio por parte de quem lerá o texto. Tenho visto tal uso em trabalhos acadêmicos (artigos, monografias, dissertações e teses) e é certo que o ambiente acadêmico fará a interpretação correta, mas o público em geral poderá entender diferentemente.

Aliás, o que se tem falado de asneiras sobre o "preconceito" é uma festa. O sujeito, em meu entendimento, tem o direito de não gostar de certas coisas sem que seja, necessariamente, taxado de "preconceituoso". Detesto maracujá e por isso sou "preconceituoso"? Diretores de cinema que optam por imprimir um clima "escrachado" e "carnavalesco" em suas obras, não importando o tema, não me agradam. Sou "preconceituoso" por não gostar delas? Abomino a mentira e os mentirosos... Isso é ser preconceituoso?