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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

SUB-SÍNDICO / SUBSÍNDICO

A palavra "subsíndico" é escrita com ou sem o hífen?

Uso do hífen com o prefixo “sub-“?
A regra não sofreu mudanças com o acordo: há hífen se a palavra seguinte começar por “b” ou “r”: sub-base, sub-reptício, sub-raça, sub-reino, sub-reitor…
Restou uma dúvida atroz: como proceder quando a palavra seguinte começar com “h”? A ABL “resolveu” que, nesse caso, o uso do hífen após o prefixo “sub” é facultativo: subumano ou sub-humano, subepático ou sub-hepático.
Conclui-se, portanto, que, diante de palavras começadas por qualquer letra diferente de “h”, “b” e “r”, o prefixo “sub” escreve-se sem hífen: subaquático, subemprego, subeditor, subitem, subchefe, subprefeitura, subsolo, subsecretário, subsíndico…

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

PONTE / DIVISA

A construção “A ponte danificada faz divisa entre o Paraná e o Rio Grande do Sul” está correta?

Há um equívoco semântico na construção. O vocábulo “ponte” possui os seguintes significados, dentre outros do mesmo sentido:

  1. Obra construída em aço, madeira ou cimento armado para estabelecer comunicação entre dois pontos separados por um curso d’água ou qualquer depressão no terreno.
    1. A ponte Rio-Niterói liga as duas maiores cidades fluminenses.
  2. Qualquer estrutura que liga duas partes homólogas.
    1. Uma tênue ponte liga os dois circuitos eletrônicos.
  3. Qualquer elemento que estabelece ligação entre pessoas ou coisas.
    1. Estabelecer uma ponte entre pais e filhos.
Como se vê, “ponte”, semanticamente, elimina as divisas entre duas partes que se achavam separadas por algum motivo.

sábado, 23 de novembro de 2013

SEMI-DEUS / SEMIDEUS

Como se escreve “semideus ou semi-deus”?

Com o prefixo “semi”, usa-se o hífen apenas se o segundo elemento começar pela mesma vogal ou pela letra [h]. Caso o segundo elemento começar com [R] ou [S], essas letras serão duplicadas.

Semi-intensivo; semi-internato; semi-histórico; semi-hebdomadário; semi-hidratado; semideus; semibreve; semivogal; semianalfabeto; semirrei; semirreta; semirreligioso; semissagitado; semissecular; semissábio. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

HAVER / REAVER

Está correta a frase: “É necessário que o Congresso reaveja suas tradições e independência”?

Os verbos compostos conjugam-se de acordo com os verbos simples que lhes deram origem: reter é derivado de ter e como este deve ser conjugado: eu tenho / retenho; tu tens / reténs; ele tem / retém... etc.

O verbo reaver conjuga-se como seu formador haver, mas apenas quando o primitivo possui a letra “V”: eu hei / ...; tu hás / ...; ele ...; nós havemos / reavemos; vós haveis / reaveis; eles hão / ....

A consequência deste “defeito de conjugação” é que o verbo reaver não tem o presente do subjuntivo nem a 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo e todo o imperativo negativo, formas derivadas do presente do indicativo.

O melhor é usar um verbo com significação análoga: “É necessário que o Congresso recupere (restaure / restabeleça) suas tradições e independência”.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

CHEGOU / CHEGARAM

Está certa a concordância verbal na frase “Chegou à escola o velho mestre e seus discípulos”? O sujeito não é composto?

Sim. O sujeito é composto e está posicionado depois do verbo. Esse sujeito composto posposto permite dois tipos de concordância verbal:

     a)  Concordância gramatical: o verbo vai para o plural, na pessoa predominante (1ª p. > 2ª p. > 3ª p.): “Chegaram à escola o velho mestre e seus discípulos”;


       b)  Concordância atrativa: o verbo concorda com o núcleo mais próximo: ““Chegou à escola o velho mestre e seus discípulos”.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

INFORMAR / AONDE

“O réu informa o tribunal o endereço aonde pode ser encontrado”. Ouvi essa expressão e fiquei na dúvida sobre sua correção.

O verbo “informar” está com a regência equivocada. “Informar alguma coisa a alguém” ou “informar alguém de (sobre) alguma coisa”.

O uso de “aonde” também não se justifica, pois ninguém é encontrado a algum lugar. Normalmente as pessoas informam “onde” podem ser encontradas.

A estrutura correta, portanto, é “O réu informa ao tribunal o endereço onde pode ser encontrado”.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O DIABETES / A DIABETES?

DIABETE ou DIABETES é substantivo comum, de dois gêneros e dois números. Pode ser o diabete, a diabete, o diabetes ou a diabetes. 

Entretanto, a tendência atual é pelo uso de "o diabetes".

sábado, 9 de novembro de 2013

MORTALIDADE OU MORTANDADE?

Milhares de peixes apareceram mortos no Lago Paranoá. Devo dizer que houve grande “mortalidade” ou grande “mortandade” de peixes?

Os dois termos são praticamente equivalentes, mas convém observar o seguinte:

Mortalidade: qualidade, estado ou condição do que é mortal, do que perece.
  • Os índices de mortalidade infantil têm diminuído consideravelmente.
Mortandade: número significativo, relevante, de mortes de pessoas ou de quaisquer seres vivos.
  • O uso indiscriminado de pesticidas agrícolas tem provocado a mortandade de insetos e pássaros polinizadores.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ONDE

Na frase “Muitos ficaram encantados com o sucesso de Eike Baptista, onde tudo que ele tocava virava ouro...”, está certo o uso da palavra “onde”?

A palavra “onde” é, morfologicamente, advérbio de lugar ou pronome relativo.

·    Onde você deixou o guarda-chuvas?                  (advérbio)
·    Vamos aonde?                                                      (advérbio)
·    Estamos onde muitos gostariam de estar.         (advérbio)
·    A mesa onde está o cinzeiro.                               (pronome relativo)
·    O colégio onde estudei.                                          (pronome relativo)

Observe-se que onde, como advérbio ou pronome relativo, só pode ser usado em relação a lugar geográfico:

·    A casa onde ele mora.
·    Onde você gosta de brincar?

Nos demais casos, usa-se em que:

·    A tese em que ele defende essa ideia.
·    O livro em que nos baseamos.
·    A faixa em que ele canta.
·    Na entrevista em que se perguntou isso.

A frase da consulta deve ser reformulada para “Muitos ficaram encantados com o sucesso de Eike Baptista, pois (porque, já que, uma vez que, porquanto) tudo que ele tocava virava ouro...”,

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O PLURAL DAS SIGLAS

Não há uma norma que “determine” assim ou assado. O mais usual é usar-se um /s/ minúsculo, sem apóstrofo, no final das siglas escritas com todas as letras em maiúsculas e também com um /s/ nas siglas escritas apenas com a inicial maiúscula.

A grafia das siglas é padronizada da seguinte forma: siglas de até três letras são escritas com letras maiúsculas (ONU; DST; ONG; UTI; CPI, PUC; USP). Siglas de quatro letras ou mais são escritas com apenas as iniciais maiúsculas, quando podem ser lidas como palavras (Anvisa; Libras; Unicamp; Bovespa; Fuvesp) e com todas as letras em maiúsculas quando são pronunciadas letra a letra (IBGE; BNDES; UFSC; UFMG; UFRS). 

Algumas siglas, por conveniência institucional, seguem normas próprias, como UnB (Universidade de Brasília); CNPq (Conselho Nacional de Pesquisas); UFSCs (Universidade Federal de São Carlos).

Procon =è Procons =è Procuradorias de Proteção aos Consumidores;
ONG =è ONGs =è Organizações não governamentais;
APM =è APMs =è Associações de Pais e Mestres;
Ceasa =è Ceasas =è Centrais de Abastecimento.