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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

VAI HAVER / VÃO HAVER


CONSULTA – 

A frase “É evidente que vão haver reclamações no futuro” está certa?

RESPOSTA –

Não. Há um equívoco na concordância verbal da locução “vão haver”. Como sabemos, o verbo “haver”, quando usado no sentido de “existir”, é impessoal (não se flexiona), e fica sempre na terceira pessoa do singular. Usado em locuções verbais, com o mesmo sentido de “existir”, essa impessoalidade se transmite para o verbo auxiliar, que ficará sempre na terceira pessoa do singular.
 
Assim, a frase correta será: “É evidente que vai haver reclamações no futuro”.

2 comentários:

  1. Discordo porque transformando esta frase em perguntas e respostas verifica-se que o verbo se adequa rapidamente ao sujeito e ao número. Exemplo: É evidente que vai haver reclamações no futuro. O que é que vai haver? R:As reclamações. Logo: As reclamações vão haver. É evidente que vão haver reclamações! Porque é que as reclamações não têm direito a haver? As reclamações hão! Ou: Hão reclamações! E mais se vê que na seguinte frase o verbo haver já pode concordar com este sujeito: As reclamações hão-de chegar! Porque é que não se diz "As reclamações há-de chegar"! Porque simplesmente todos os verbos têm de concordar com o sujeito. Tudo o resto são parvoíces!

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  2. Não, meu caro César Costa, não são "parvoíces". Ocorre que o verbo "haver" – quando usado com o sentido de "existir", "ocorrer" – pertence ao seleto grupo dos verbos impessoais. São verbos que se apresentam sempre na terceira pessoa do singular. E mais: transmitem tal impessoalidade aos verbos auxiliares que, porventura, estejam junto deles. "Reclamações", em teu exemplo, é o objeto direto.

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