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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

PLEONASMO


PLEONASMO
Li, hoje, na Folha: “Novo xodó dos são-paulinos, o meia-atacante já virou o principal elo de ligação entre a defesa e o setor ofensivo da equipe do Morumbi”. Está certo?
Existe um vício de linguagem imperdoável em um texto publicado por um jornal dessa categoria: “elo de ligação”.
O pleonasmo (redundância) pode ser estilístico, quando é clara a intenção do autor em ressaltar determinada ação. É famosa a citação de Antônio Viera, em um de seus sermões: “Tantos fenômenos inauditos da natureza, vistos com os olhos, pegados com as mãos, pisados com os pés...”.
Há, principalmente em autores mais antigos, exemplos de pleonasmos em que se repete o complemento verbal, ou o sujeito, para dar maior elegância à frase:
·        A mim me parece...
·        Maltratando-se a si próprio...
·        “Deu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta...”
·        “Os estímulos da honra, tê-los-ia, o jovem...”
Não me parece ter sido essa a intenção do jornalista da Folha.

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